Com consulta em mãos, Legislativo de São Bernardo posterga consulta aos vereadores
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A realização da auditoria sobre a construção do prédio da Câmara de São Bernardo pode demorar mais do que o esperado para ser colocada em prática.
A direção do Legislativo recebeu na quarta-feira a última resposta das empresas consultadas sobre os valores para analisar os contratos da obra. A PWC (Pricewaterhouse) apresentou proposta de R$ 450 mil, mais barata em relação aos outros orçamentos encaminhados pela KPGM (R$ 2,1 milhões) e Deloitte (R$ 1 milhão). A Ernst & Young alegou que pode avaliar a construção.
Apesar disso, o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), ainda não realizou a reunião com os 27 vereadores para discutir sobre a auditoria. O petista tem sustentado que só vai levar o pente-fino adiante com a anuência dos parlamentares.
A princípio, Tião estimava gastar R$ 50 mil com a análise na polêmica construção, valor muito abaixo de todos os orçamentos recebidos.
Apesar de não terem sido discutidos oficialmente, os valores pesquisados pela direção da Casa causaram espanto nos parlamentares e podem inviabilizar a auditoria. Ex-presidente da Câmara e idealizador da obra, Hiroyuki Minami (PSDB) contesta a necessidade de análise dos contratos da construção. “Para fazer uma auditoria é preciso saber o que será analisado”, disse o tucano.
Segundo ele, a construção vem sendo fiscalizada desde novembro de 2011 pelo consórcio Hagaplan/Planserv/Enger, grupo que fiscaliza as obras realizadas pela Prefeitura. O Legislativo paga cerca de R$ 30 mil por mês para fazer a medição da obra. O grupo ainda tem de realizar a última vistoria.
Nos bastidores comenta-se que o consórcio fiscalizador pode ficar responsável também por promover a auditoria. Seria alternativa para minimizar o alto custo da averiguação feita por uma empresa especializada.
A realização da auditoria foi definida após a aprovação de requerimento de autoria dos vereadores Fábio Landi e Rafael Demarchi (ambos do PSD), em março.
Apenas Minami e o ex-secretário de Serviços Urbanos José Cloves da Silva (PT) não votaram o texto.
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