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Braskem possui rede de 140 fornecedores no Grande ABC

Um terço das empresas parceiras da petroquímica
está na região; relação movimenta cadeia industrial

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
30/07/2016 | 07:21
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Claudinei Plaza/DGABC

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A Braskem possui 140 fornecedores no Grande ABC, o que equivale a quase um terço do total de parcerias da petroquímica – que integra o Polo de Capuava, na divisa entre Santo André e Mauá – com empresas da Região Metropolitana de São Paulo (445). A contratação de prestadores de serviços locais auxilia no aquecimento da economia e na geração de empregos nas sete cidades.

Entre os municípios da região, Santo André é o que possui a maior quantidade de fornecedores: 47. Em seguida estão São Bernardo (25), Mauá (24), Diadema (21), São Caetano (18) e Ribeirão Pires (cinco). O coordenador de suprimentos da Braskem no Grande ABC, Henrique Moura Robles, afirma que, entre os parceiros, a maioria presta serviços de manutenção. Também há outros que abastecem a planta de Capuava com peças e produtos químicos. Ele informa que as firmas são de diferentes portes. Algumas chegam a ter mais de 1.500 trabalhadores.

Robles destaca que a proximidade física com os fornecedores ajuda a otimizar a produção nas unidades da empresa. “Temos que manter as nossas plantas operando na maior capacidade possível. Também não posso ter o ônus de sobrecarregar um estoque com peças de consumo incerto. Então, é importante ter agentes que estejam próximos e que atendam não só a Braskem mas outras empresas do polo e até de outros tipos de operação.”

O coordenador de suprimentos acrescenta que a Braskem busca desenvolver parcerias com outras empresas da região, para que possam integrar seu rol de fornecedores. Entretanto, Robles assegura que, para serem aprovadas no processo, as companhias interessadas devem ter modelo de gestão focado em melhorar os processos relacionados à saúde, segurança e meio ambiente.

Em relação à geração de postos de trabalho, a petroquímica não fornece números precisos sobre seus níveis de mão de obra. A Braskem informa apenas a proporção entre colaboradores diretos e terceirizados: para cada 1.000 funcionários registrados pela empresa, outros 3.000 são indiretos. Considerando a operação das demais empresas que integram o Polo Petroquímico de Capuava, o complexo industrial emprega cerca de 31 mil pessoas, sendo 20 mil no setor de plásticos e 11 mil no segmento químico.

No Grande ABC, a Braskem produz itens petroquímicos básicos, como butadieno, propeno, eteno e aromáticos, que são matérias-primas para diversas indústrias, bem como resinas termoplásticas (polietileno e polipropileno). A produção anual da empresa no mundo é de aproximadamente 16 milhões de toneladas. A companhia também possui unidades em Cubatão e Paulínia (em São Paulo), e nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas e Bahia, além de fábricas nos Estados Unidos, Alemanha e México.


Firmas terceirizadas destacam aumento da qualidade

Empresas da região que fornecem para a Braskem destacam que a parceria com a petroquímica proporciona aumento no nível de qualidade nos serviços prestados.

“A Braskem é uma companhia muito estruturada. Para atendê-los, eles exigem que se cumpra diversos requisitos legais e que se tenha a qualidade como foco. Então, acabamos crescendo por meio da cobrança feita por eles”, comenta Julio Donizeti Fernandes, diretor da construtora Chiarelli & Wetzel, empresa que finalizou neste ano a implementação de projeto no Polo Petroquímico de Capuava para melhoria no tratamento de efluentes.

A construtora tem sede em Santo André, possui cerca de 80 colaboradores, e também atende às demais unidades da Braskem na região Sudeste.

Outra empresa no rol de fornecedores é a Manserv, de São Caetano, que tem aproximadamente 1.700 funcionários na região. A companhia atua na área de manutenção, especialmente em serviços de caldeiraria, mecânica, movimentação de cargas, pintura e isolamento térmico. Segundo o diretor geral da companhia, Carlos Alberto Fernandes, o sucesso da parceria se deve aos “constantes esforços das empresas na busca pelas melhores práticas de mercado”.




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