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Provavelmente, em virtude das graves crises econômica e política que têm assolado o Brasil nos últimos dois anos, os holofotes tenham sido direcionados para essas questões, deixando de lado tema que esteve tão em moda há três anos: ficaremos sem água em nossas torneiras? Haverá desabastecimento? A partir de quando?
São questões que nos ‘martelaram’ a mente por vários meses e que fizeram nossas famílias mudarem seus hábitos já enraizados no dia a dia e nem sempre adequados ao cenário atual, pois a tentativa era colaborar com as autoridades públicas e órgãos responsáveis, em espécie de ‘mutirão da economia de água’.
Com base nessas questões, cabe retomada do tema, a partir de estudo recentemente publicado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e que traz à luz algumas considerações e números bastante relevantes em relação ao tema atualmente no Brasil.
Infelizmente, os nossos indicadores de saneamento atuais demonstram que o deficit de abastecimento no País permanece quase que inalterado, com 83,3% da população sendo abastecida de água pela rede pública e metade dela tendo acesso à coleta de esgoto. Em relação ao tratamento desse mesmo esgoto, pouco mais de 42% dele é tratado. E, sobre as perdas de água, elas continuam literalmente ‘jorrando’, estando na casa dos 37%, enquanto que as perdas de faturamento totais somaram 35% no ano de 2015.
Muito desse cenário se deve à falta de investimentos no setor e está longe da meta do Plano Nacional de Saneamento Básico, no qual todo o País seria abastecido por água potável até 2023 e quase a totalidade de nosso esgoto seria tratada até 2033. Se tomarmos como base a experiência de alguns países vizinhos, como o Chile, e alguns não tão próximos, como o Japão, talvez tenhamos a resposta para algumas alternativas de solução para essas questões. Como ponto comum, esses países contam com a participação crescente da iniciativa privada no setor e trabalho coordenado entre os vários órgãos governamentais.
Comparando o cenário, o desenvolvimento do nosso setor no País passará, obrigatoriamente, por planejamento sistemático e consistente nos próximos 20 ou até 30 anos. Será preciso regulação séria, que traga justiça às tarifas aplicadas e incentive a participação da iniciativa privada, bem como gestão eficiente de recursos, sejam eles naturais ou financeiros, e que possibilitem equilíbrio na arrecadação/investimento/distribuição em todo o território nacional, sem esquecer de considerar aspectos socioeconômicos relevantes em País de dimensões continentais e características regionais diversas como o Brasil.
Antônio Carlos Caldas é gerente de conteúdo e capacitação na área de utilidades da empresa Sonda.
Palavra do leitor
Efetividade
Em São Bernardo, na Saúde continua faltando materiais para curativos, remédios, carteirinha. Ainda, não existe mais o presidente do Conselho Municipal de Saúde, está tudo a cargo do secretário, como forma de não progredir as observações negativas; a Câmara está travada; as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) da Sabesp, Eletropaulo, do Lixo não andam. Como está a situação do time de futebol da cidade, o Tigre? Temos muitos problemas ainda. Entendemos que superar oito anos em sete meses não é possível, porém, as prioridades necessitam de ações mais efetivas e a cidade precisa de respostas.
Luizinho Fernandes
São Bernardo
Fiscalização
São Bernardo virou grande calamidade. Não basta o trânsito caótico com obras interminável, ainda há grandes avenidas não pintadas, semáforos mal colocados e com tempo pessimamente regulado, o que forma fila. A Prefeitura iria combater o barulho noturno! Excelente ideia, caso houvesse fiscalização, que, infelizmente, é inexistente. E caso haja, os infratores são informados com antecedência. Dois meses atrás mandei reclamação sobre acúmulo de recicladas na calçada da Travessa São Paulo, no bairro Cooperativa, o que causa – além do odor insuportável e animais indesejados, como ratos e baratas – dificuldades e interdição do trânsito. Mas até agora nada! O morador tem também pelo menos 30 gatos selvagens e um montão de cachorros. A vizinhança já fez abaixo-assinado, porém também nada foi resolvido. A fiscalização passou há mais que um ano! Resultado zero. A gente continua abrigado a aguentar o mau cheiro! Até quando?
Sônia Faria
São Bernardo
Praça em Ribeirão
Ademir (Medici), como sempre a sua coluna (Memória – Setecidades) nos traz novidades ou boa lembranças. Lembro-me quando nos conhecemos, você falou-me sobre o Wanderley dos Santos e sua importância para a memória do Grande ABC. Realmente uma homenagem merecida, mas que escolhessem outro lugar. Faltou informação ao vereador proponente. Eles elaboram esses projetos sem pesquisar e depois passam lista de assinaturas aos demais vereadores, que assinam também sem às vezes saber de quem se trata. Muitos, acho, desconhecem até quem foi Ramos de Azevedo. Pena.
Geraldo Nunes
Capital
Míssil
Antes de ‘punir’ só Kim Jong-un, presidente da Coreia do Norte, que tal ir atrás de quem o instrumentalizou com a tecnologia de ogiva nuclear, sendo ele ditador?
Tânia Tavares
Capital
Exames
A Fidi (Fundação Instituto de Diagnóstico por Imagem) vem a público para corrigir informações e esclarecer o contexto dos serviços prestados em Diadema, como parte de seu compromisso com a transparência, ética e responsabilidade social (Política, ontem). Como amplamente noticiado, a Prefeitura enfrenta dificuldades para manter pagamentos a fornecedores em diversas áreas, o que inclui serviços prestados pela fundação. As duas partes vêm mantendo nos últimos meses diálogo permanente em busca de solução. Apesar dos atrasos constantes, em respeito aos cidadãos que contam com os serviços, equipamentos e mão de obra contratados foram mantidos. No Quarteirão da Saúde, a fundação mantém equipe multidisciplinar e 18 equipamentos para exames, dos quais apenas três estão fora de operação, em manutenção. Diferentemente do que foi publicado, não houve interrupção em exames essenciais como raio X, tomografia, ultrassonografia e biópsias. Com 30 anos de história, a fundação tem certeza de que o caso terá solução adequada, sem impactar os atendimentos no município.
Fidi
Nota da Redação – O Diário mantém as informações.
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