Marte é chamado de planeta vermelho por causa da coloração avermelhada presente na maior parte de sua superfície. Isso acontece por causa da grande presença de óxido de ferro, substância química popularmente conhecida como ferrugem.

Sempre foi possível observá-lo a olho nu (é confundido com uma estrela no céu). Na Antiguidade, os gregos o associavam ao sangue de guerreiros em batalhas, por esse motivo, o chamaram de Ares, deus da guerra. Depois que os romanos conquistaram vários territórios, eles trocaram o nome do planeta para Marte, que é o deus da guerra desse povo.

Mas tons avermelhados não são os únicos por lá. Nos polos há gigantescas manchas brancas. Não é água congelada, mas dióxido de carbono em estado sólido, bastante conhecido como gelo seco (aquele que produz tipo de fumaça em contato com a água). Há também áreas escuras, cobertas por material vulcânico.

PARECIDO - Marte é o quarto planeta do Sistema Solar. Tem composição parecida com a da Terra. A atmosfera, no entanto, é bem diferente, com pouquíssimo oxigênio. O gás mais presente é o dióxido de carbono.

Os cientistas acreditam que há milhões de anos tinha água em estado líquído lá. Atualmente, descobriu-se pequenas quantidades de água em estados sólido e gasoso. Por isso, pode ter existido algum tipo de vida marciana, porém, nada de homenzinhos verdes, como o cinema e as animações costumam mostrar.

VAMOS EXPLORAR? - Marte é o planeta mais próximo da Terra que pode ser explorado pelo homem. Buzz Aldrin, segunda pessoa a pisar na Lua, defende que no futuro a humanidade também habite o lugar.

Aliás, no começo do ano, o presidente do Estados Unidos Barack Obama afirmou que a Nasa (Agência Espacial Norte-americana) poderá enviar ao planeta uma missão com astronautas em 2030. Ainda não se sabe se a viagem realmente acontecerá, pois seria muito cara, complicada e perigosa. Até agora, a exploração foi feita só por robôs.

Procuram-se provas de vida

Há milhares de anos, o homem observa Marte, mas a oportunidade de estudá-lo melhor só surgiu recentemente. As primeiras sondas espaciais (aparelho que vai para o espaço estudar o que tem lá) foram enviadas ao planeta na década de 1960 pelos Estados Unidos e União Soviética (conjunto de países socialistas que não existe mais, da qual a Rússia fazia parte). A maioria não deu certo. As que tiveram sucesso, enviaram fotos.

A nave Viking 1 levou duas sondas ao planeta vermelho em 1975. O objetivo era estudar o clima, fazer imagens e investigar a existência de vida extraterrestre. Nada foi encontrado.

Os robôs mais conhecidos, enviados pela Nasa em 2004, são o Spirit e o Opportunity. Ambos continuam no local, o primeiro, entretanto, está atolado em um banco de areia. Os milhares de dados que produziram ao longo de seis anos são usados no desenvolvimento de importantes estudos científicos.

Atualmente, há outras sondas espaciais que procuram, principalmente, provas de que no passado Marte teve água líquida. Tudo isso é muito caro, mas importante. Sem essas pesquisas, o homem nunca poderá sonhar em pisar no solo marciano.

Lá o tempo demora mais

Marte está a 78 milhões de quilômetros de distância da Terra. No planeta vermelho, o dia dura cerca de 24,6 horas. O ano demora bem mais para passar: 687 dias terrestres.

A temperatura varia de 20°C, no verão, a -140°C , no inverno. Por incrível que pareça, o planeta também tem quatro estações do ano. Há muitas crateras e vulcões gigantescos sem atividade na superfície. Aliás, o maior vulcão do Sistema Solar conhecido está lá: Monte Olímpo, com cerca de 27 quilômetros de altura e 600 quilômetros de extensão.

O planeta tem dois satélites naturais (como a nossa Lua): Fobos e Demos. Na mitologia grega, esses são os nomes dos filhos do deus Ares. Os dois não são redondinhos, o formato irregular lembra o da batata; acredita-se que eram asteroides.