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Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil fluminense, foi afastado nesta quarta-feira da corporação, depois de ser investigado por quase dois anos pela Corregedoria Geral Unificada. Ele está preso desde maio passado, quando a Polícia Federal desencadeou a operação Segurança Pública S/A. O então deputado estadual (cassado, logo depois) foi acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação ao contrabando
O PAD (Processo Administrativo Disciplinar) para apurar crimes cometidos por Lins foi instaurado pela CGU em 14 de maio de 2007 - ele foi chefe de Polícia entre novembro de 2000 e março de 2006. Foram necessários 667 dias e um processo de 3.649 páginas, divididas em dez volumes, para que a CGU recomendasse a exoneração de Lins, que será publicada hoje no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.
A corregedoria concluiu que o ex-policial loteou delegacias, acobertou e protegeu interesses de "determinado contraventor penal" (o bicheiro Rogério Andrade, segundo o inquérito da PF), associou-se a policiais e comandou esses policiais com "fins ilícitos", teve aumento patrimonial incompatível com a função, promoveu "inversão hierárquica" para ter maior controle sobre determinadas delegacias e "consequente recebimento de propinas", entre outros crimes. O advogado de Lins, Ubiratan Guedes, não foi localizado para comentar a decisão da CGU.
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