Exclusiva para o Brasil, trail tem o motor flex da Fazer e parte de R$ 9.050 mirando o reinado da Honda NXR Bros
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Fazer volume e invadir parte do latifúndio conquistado pela Honda em solo brasileiro. Com este pensamento desde o segundo semestre do ano passado, quando lançou a Fazer 150 bicombustível, a Yamaha passa a oferecer – com exclusividade para o nosso mercado – a XTZ 150 Crosser, motocicleta que chega às lojas a partir de abril com preço inicial de R$ 9.050.
Modelo desembarca para rivalizar diretamente com a NXR 150 Bros, que em 2013 foi a quarta moto mais vendida do País, com 172.958 emplacamentos, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). A Bros só ficou atrás de outras três Honda: CG 150, Biz e CG 125.
Rodando, a XTZ 150 Crosser revela talento para circular na cidade, apesar de o visual sugerir vida off-road. O principal destaque é o motor monocilíndrico de 149,3 cm³ que bebe gasolina e etanol e pode gerar até 12,4 cv de potência. Trata-se do mesmo motor da Fazer 150. Aliás, não somente o propulsor é igual, mas também a transmissão de cinco marchas.
Apesar de as primeiras impressões terem ocorrido em kartódromo em Florianópolis, Santa Catarina, a Crosser mostrou estar muito bem acertada para o Brasil. O torque de 1,29 mkgf entregue a interessantes 6.000 rpm (álcool) garantem boas saídas para a motocicleta de apenas 120 quilos. Destaque para o agradável funcionamento linear do conjuto – ponto positivo para a boa relação de marchas.
A Yamaha também surpreende pela agilidade. Nas curvas é possível inclinar bastante a moto de maneira segura, apesar dos pneus de uso misto (roda de 19 polegadas na dianteira e de 17 na traseira) e o curso longo da suspensão (180 milímetros). O guidão elevado e o banco confortável também colaboram com a boa dirigibilidade.
O ponto negativo fica para o fato de a versão de entrada XTZ Crosser 150 E vir com freio a tambor na dianteira e na traseira – a opção topo de linha XTZ Crosser 150 ED, que custa apenas R$ 300 mais, já entrega disco na frente, mas mantém tambor atrás.
O design da Yamaha agrada. Consegue ter ousadia nas linhas. No entanto, o ponto forte mesmo é o bom acabamento, simples e caprichado. Com iluminação âmbar, o painel de instrumentos tem conta-giros analógico, velocímetro e odômetro digitais.
Com desenvolvimento que durou cerca de três anos, a XTZ 150 Crosser chega pronta para bater de frente em qualidade com a Honda NXR 150 Bros. Na realidade, mostra superioridade em alguns pontos em relação à concorrente. Nas vendas, porém, deverá apenas fazer cócegas, já que pretende emplacar 35 mil unidades no ano.
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