'Ele deixa muita saudade', disse Dom Pedro, ao recordar momentos marcantes do pontificado
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O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Cipollini, lamentou nesta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco e destacou o legado de simplicidade, esperança e transformação deixado pelo pontífice, que morreu aos 88 anos, no Vaticano.
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“Ele deixa muita saudade”, disse Dom Pedro, ao recordar momentos marcantes do pontificado. Um deles foi a passagem do Papa pelo Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em 2013. “Estive lá e pude encontrá-lo pessoalmente pela primeira vez. Aquele sorriso acolhedor, as palavras cheias de esperança... Ele conquistou os jovens e nos incentivou a sermos protagonistas da mudança, a levar o evangelho a todos os cantos do mundo.”
Dom Pedro também lembrou de outro encontro significativo com Francisco, ocorrido em outubro de 2016, durante audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano. Na ocasião, o bispo pediu uma bênção especial para o Grande ABC, que foi concedida pelo pontífice. A visita virou manchete do Diário com o título: "Papa Francisco envia bênção ao Grande ABC".
“Foi um encontro muito significativo e emocionante. Pedi que o papa rezasse pela nossa diocese e ele respondeu que certamente rezaria, solicitando, depois, que a gente também orasse por ele”, disse Dom Pedro na época do encontro. Segundo ele, Francisco demonstrava carinho especial pela região. “Disse ao papa que represento uma diocese grande e ele já conhecia, por intermédio do dom Cláudio Hummes, já que eles são amigos”, afirmou o bispo, referindo-se ao cardeal que marcou a história da Igreja no Grande ABC com forte atuação durante a ditadura militar e apoio ao movimento sindical.
O bispo também destacou que foi o próprio Papa Francisco quem o nomeou para a Diocese de Santo André, em 27 de maio de 2015. “Foi uma surpresa. Eu era bispo no interior, na cidade de Amparo, e o representante dele no Brasil me ligou”, contou.
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Durante o pontificado, Francisco publicou encíclicas de grande impacto, como Lumen Fidei (2013), Laudato Si’ (2015), Fratelli Tutti (2020) e Deus Nos Amou (2024), abordando temas como fé, ecologia integral, fraternidade e amor misericordioso. “Foram documentos fundamentais para a Igreja e para o mundo”, disse Dom Pedro.
Dom Pedro ainda ressaltou as reformas promovidas por Francisco, como a reestruturação da Cúria Romana, a busca por transparência financeira, a descentralização do Vaticano e a valorização da presença feminina na Igreja. “Ele atualizou o Direito Canônico, criou um dicastério para reforçar a evangelização e tornou a Igreja mais próxima do povo.”
O representante de Santo André compartilhou ao Diário que não irá ao Vaticano, mas presta sua homenagem de longe. “Faço memória de tudo o que ele foi e representou. Francisco foi o Papa da sinodalidade, que nos ensinou a caminhar juntos. Um líder que evangelizou com simplicidade, escuta e misericórdia.”
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