Partidos vão se unir e podem chegar a 17 das 150 cadeiras nas sete câmaras do Grande ABC, tornando-se uma das maiores bancadas
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A federação entre União Brasil e Progressistas é aguardada para sair do papel ainda neste mês. Segundo interlocutores das duas legendas, as tratativas já se encontram “bem avançadas”. No Grande ABC, a parceria entre as legendas deve resultar em uma bancada composta por 17 dos 150 vereadores, com representação nas sete cidades, e unir parlamentares em campos opostos, como em São Caetano.
Considerando a contagem de cadeiras entre partidos e federações, a iminente aliança pode se tornar a segunda ou terceira maior bancada regional, ficando atrás apenas da Federação Brasil da Esperança (que une o PT, PV e PCdoB) com 20 assentos nos parlamentos, e possivelmente da nova legenda que sairá da fusão entre Podemos e PSDB, prevista para nascer em maio, alcançando 18 cadeiras distribuídas em todos os municípios da região.
Atualmente, o Progressistas soma nove parlamentares, enquanto o União Brasil contabiliza oito. A junção entre as siglas faria o provável grupo chegar ao mesmo número de vereadores do PL, impulsionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também é representado por 17 legisladores.
Em março, o presidente nacional do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PI), anunciou a aprovação do partido para prosseguimento das tratativas com o União Brasil visando à formação dessa nova federação, já objetivando a ampliação de esforços para as eleições de 2026. Segundo fontes unionistas, o tema avançou desde então na legenda, restando “detalhes” para a formalização da aliança. Por essa razão, há quem diga que a oficia-lização saia neste mês.
Diante esse cenário, tanto vereadores e lideranças locais do Progressistas e União Brasil poderão unir forças para as candidaturas do próximo ano. A movimentação também é aguardada pelos representantes regionais na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, Atila Jacomussi e Fernando Marangoni (ambos do União Brasil), respectivamente. Os dois parlamentares são figuras certas para o pleito de 2026.
Curiosamente, a maior fatia dessa federação fica em Diadema, onde o Progressistas conta com dois vereadores, e o União Brasil com um trio de parlamentares. Os unionistas - Lucas Almeida, Laureto do Água Santa e Gilson Moura - acabaram de embarcar na base governista do prefeito Taka Yamauchi (MDB), que já tinha o apoio no plenário da dupla Juninho do Chicão, líder de governo, e Companheiro Sérgio.
DIVERGÊNCIA
São Caetano tem uma peculiaridade, visto que os três representantes do Progressistas no Legislativo estão na linha de frente pela gestão do prefeito Tite Campanella (PL). A bancada é formada por Gilberto Costa, Marcel Munhoz e Marcos Fontes. Por outro lado, o União Brasil conta com Getúlio de Carvalho Filho, o Getulinho, o qual tem adotado uma postura de enfrentamento ao Palácio da Cerâmica e causado tumultos no plenário.
Aliás, não são raros os atritos entre Gilberto Costa e Getulinho no Parlamento. Entretanto, o vereador do Progressistas prefere adotar um tom apaziguador com o provável futuro colega de federação. “Acredito que seja possível essa parceria. O que constrói qualquer relação é o diálogo. Então, teremos da minha parte, e acredito que da dele também, um diálogo para que possamos levar da melhor maneira possível essa composição. Mas, lógico: eu sou governo”, afirmou.
Procurado pelo Diário, Getulinho não retornou aos questionamentos da reportagem sobre como vislumbra essa iminente união com o Progressistas.
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