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A confirmação da primeira morte por dengue em 2025 no Grande ABC reforça a urgência de fortalecer mecanismos de controle e combate ao Aedes aegypti. O aumento expressivo dos casos na região evidencia que as estratégias adotadas até agora não são suficientes para conter a proliferação do mosquito. A falta de decretação de emergência sanitária pelos municípios, sob justificativa de que a situação epidemiológica está controlada, contrasta com a realidade dos números: em pouco mais de um mês, os casos saltaram 565%. A adoção dessa medida poderia agilizar ações preventivas e ampliar recursos para combater a doença de forma mais eficaz. O cenário exige maior rigor.
Papel determinante também deve ser exercido pela sociedade. O acúmulo de água parada, principal fator para a reprodução do mosquito, pode ser combatido com medidas simples e contínuas dentro das residências e em espaços públicos. Ainda que as prefeituras intensifiquem as visitas domiciliares e o monitoramento de pontos estratégicos, o esforço será inócuo se não houver colaboração da população na eliminação de focos do Aedes aegypti. Ações governamentais e campanhas de conscientização devem enfatizar a responsabilidade coletiva na prevenção, promovendo engajamento permanente. A negligência, tanto individual quanto institucional, abre caminho para a disseminação da doença.
É preocupante a situação. A dengue já fez mais de 300 vítimas fatais no Estado de São Paulo neste ano. A destinação de R$ 14 milhões para o enfrentamento das arboviroses no Grande ABC representa reforço financeiro importante, mas sua efetividade dependerá da aplicação correta e célere dos recursos. Medidas como nebulização, bloqueio de criadouros e monitoramento de áreas de risco devem ser intensificadas. O avanço da doença não pode ser tratado como problema sazonal, e sim como ameaça constante à saúde pública. O verão passou, mas o fantasma persiste. Portanto, o compromisso dos municípios e da sociedade em fortalecer ações preventivas é indispensável para evitar novas fatalidades.
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