Um grupo de comerciantes do Centro de São Caetano se reuniu ontem à tarde com o prefeito Tite Campanella (PL) no gabinete da Prefeitura com o intuito de apresentar as demandas de melhorias para a região. Segurança e mobilidade estão entre as principais reivindicações. 

Os furtos diários nas lojas e a presença intensa de moradores em situação de rua são alguns dos pontos que mais incomodam José Roberto Vergulino, proprietário da Ótica Juliana. “Falamos que a GCM (Guarda Civil Municipal) e a PM (Polícia Militar) andando motorizadas não adianta, porque tem uma gangue que furta todos os dias nossas lojas. Temos câmeras que registram, mas seria mais eficiente que os guardas e policiais monitorassem a pé para intimidar a ação dos criminosos”, contou Vergulino.

O comerciante afirmou que os moradores em situação de rua que ficam constantemente pelas região, especialmente na Avenida Conde Francisco Matarazzo, onde há um restaurante popular da Prefeitura, o Nosso Prato, também intimidam os clientes. “Na frente do restaurante tem muita baderna. Queremos que a Prefeitura possa encontrar solução”, disse. 

MOBILIDADE

Uma das discussões também é sobre a decisão de abrir ou não a Rua Santa Catarina. Parte da via é fechada para veículos e de uso exclusivo dos pedestres. Os comerciantes estão sendo ouvidos para a Prefeitura entender a opção que traria mais benefícios para a região, conforme explicou Gilberto de Souza Faria, das Lojas Tio Gil, que atua há 20 anos no comércio do Centro de São Caetano.

“Muitos consumidores não sabem que ela é aberta metade pra baixo e acabam não utilizando a rua, o que melhoraria a mobilidade. Ainda está sendo feito um estudo para ver qual é a melhor execução. Precisam ouvir mais pessoas, principalmente quem tem comércio lá, mas existe essa demanda, alguns reclamam, mas outros não”, disse Tio Gil, como é conhecido. 

Unânime é a chiadeira em relação à ciclovia que foi construída, em agosto do ano passado, na Rua Amazonas. O Diário noticiou à época as reclamações dos comerciantes, que relataram que a faixa provoca falta de espaço para estacionar e para fazer carga e descarga.

“A ciclovia, além de ‘matar’ as vagas, nem é utilizada pelos ciclistas. Então, acaba nem sendo útil”, ressaltou Vergulino. Tio Gil acredita que uma das alternativas possa ser transferir a ciclovia para as ruas adjacentes. “Dificulta receber clientes e mercadoria, porque não tem onde parar”, afirmou. 

Além do prefeito e dos comerciantes, estiveram presentes no encontro o chefe de Gabinete, Gustavo Buzo, e os secretários de Segurança, Lourival dos Santos Silva, e de Assistência e Inclusão Social, Thiago Mata. 

“É muito importante estreitar essa relação com os comerciantes da cidade e ouvirmos a voz da população. O Centro é um dos bairros mais importantes de São Caetano e, com diálogo, definiremos as prioridades para um Centro mais pujante”, ressaltou Tite.

A Prefeitura informou ao Diário que este foi o primeiro encontro entre comerciantes e Prefeitura e que outros serão agendados para discutir pautas relacionadas às melhorias no Centro.