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No elegante Palácio Ruspoli, de 3 de outubro a 23 de fevereiro de 2003, se reviverá, graças a pinturas, esculturas, manuscritos, objetos, armas e jóias, a história dessa família, sua influência na arte e nas ciências e suas diabólicas conspirações.
Foram necessários sete anos para preparar a exposição, que inclui obras provenientes de 42 museus, entre eles o do Vaticano e dos Ofícios de Florença.
Rodrigo de Borja, descendente de uma rica família nobre espanhola, originária de Valencia, foi eleito Papa em 1492 com o nome de Alexandre VI (1431-1503). O cardeal César (1475-1507), seu filho, foi um político hábil, mas desleal, enquanto sua filha Lucrécia (1480-1519), célebre por sua beleza, encarnou o poder, o luxo, a paixão, as intrigas e maldades dessa época.
"Não queremos julgá-los, nem absolvê-los, a história já o fez", afirmou Carla Alfano, curadora da mostra, intitulada "Os Borgia, a arte do poder".
"Não eram santos, mas também não eram o diabo. Todos os soberanos consolidaram o próprio poder e eles o fizeram. Foram antes de tudo grandes príncipes do Renascimento", afirmou a curadora.
A exposição começa em 1492, o ano do descobrimento da América e o ano em que morreu Lorenzo de Médicis, "o Magnífico", e foi eleito Alexandre VI.
Foi o início também de uma fase de criatividade artística, ilustrada através de obras de artistas como Botticelli, Benvenuto Cellini, Pinturicchio, Frei Bartolomeu e Ticiano, entre outros.
Dois personagens de grande peso histórico marcaram o reinado dos Borgia: o herege Savonarola, excomungado e queimado na fogueira por denunciar a igreja, e o astuto Maquiavel, que se inspirou em César Borgia para escrever seu famoso tratado "O Príncipe".
A história dos Borgia foi também marcada pelas guerras, tratados, alianças, casamentos, assassinatos, os confrontos com as famílias Sforza e Médicis, com a república veneziana, assim como por suas ambições de conquista. Os retratos de maridos e amantes encarnam a vida amorosa dos protagonistas do poder. Lucrécia é o símbolo por excelência dessa época.
Os rostos de seus três maridos - Giovanni Sforza, Alfonso de Aragón e o duque Alfonso d'Este - figuram na sala dedicada a Lucrécia, que morreu em 1519 aos 39 anos. Com ela, se conclui a viagem pelo mundo dos Borgia.
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