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Líderes religiosos e chefes de estado acompanham funeral do Papa
Do Diário OnLine
Com AFP
08/04/2005 | 16:55
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Dezenas de chefes de estado e de governo, além de líderes religiosos, acompanharam nesta sexta-feira a cerimônia de funeral do papa João Paulo II na Praça São Pedro, no Vaticano.

Entre as cerca de 200 personalidades de todo o mundo presentes ao evento estavam os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush; do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da França, Jacques Chirac; do Afeganistão, Hamid Karzai; do Irã, Mohammad Khatami.

Também estavam no evento o rei da Espanha, Juan Carlos; o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan; o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico; e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

A delegação dos Estados Unidos contou com dois ex-presidente, Bill Clinton e George Bush, pai do atual presidente. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, também participou da cerimônia.

Além de Lula, a América Latina foi representada pelos presidentes da Bolívia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Nicarágua, México e Panamá.

Entre outros dirigentes europeus estavam o chanceler alemão Gerhard Schroeder; o presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero; os presidentes da Ucrânia, Viktor Yushchenko; e da Polônia, Aleksander Kwasniewski, entre outros.

A realeza européia foi representada pelo príncipe Charles, o rei Juan Carlos e a rainha Sofía, da Espanha, e os soberanos belgas Albert II e Paola. Do mundo muçulmano compareceram o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, do Irã, Mohammad Khatami, e o sírio Bashar al-Assad.

Até as emissoras de televisão árabes Al Jazeera e Al Arabiya transmitiram ao vivo a cerimônia.

Amor pela América Latina - Presidentes, ministros e chefes do governo da América Latina presentes em Roma para o funeral de João Paulo II se despediram do Pontífice com palavras de agradecimento por ter feito do subcontinente um "filho querido" e uma prioridade em seu pontificado.

A delegação brasileira, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reunia representantes judeus, muçulmanos e luteranos. "Isso mostra que o Brasil está unido em torno da figura do papa", explicou o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, acrescentando que seria "maravilhoso" se o próximo papa for sul-americano.

"O Papa teve com o México e com toda a América Latina um amor espontâneo e recíproco", assegurou, por sua vez, o presidente do México, Vicente Fox. O primeiro chefe de Estado mexicano, que assistiu pela primeira vez um funeral de um papa, reconheceu ter chorado junto com os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro diante do caixão de João Paulo II.

"Diante do caixão pensei nas visitas que fez ao México, quando cantou com nossos jovens, se ajoelhou diante da Virgem de Guadalupe, mencionou palavras para os indígenas, os pobres e as mulheres maltratadas. Também lembrei de sua solidariedade e de sua entrega total", resumiu ele.

Fox, a quem o papa se negou a receber em 2000 por ser um homem divorciado que se dizia católico e pretendia se casar com outra divorciada, hoje sua esposa, Marta Sahagún, assegurou que as relações entre o Estado mexicano e a Igreja estão "totalmente normalizadas" e se estreitaram.

Depois da cerimônia, o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco, reiterou que nunca havia visto nada igual à multidão reunida na Praça de São Pedro, que chamava o papa de "santo". "Diante do caixão de João Paulo II vieram à minha mente as lembranças da canonização do irmão Pedro Betancurt, nosso primeiro santo", disse.

Pacheco pediu também que o sucessor de João Paulo II seja latino-americano. "Porque nós merecemos: somos a fortaleza da Igreja Católica. O arcebispo de Tegucigalpa, Oscar Rodríguez Maradiaga, está muito bem cotado e seria uma grande honra para toda a América Central", afirmou.

Diante o caixão do papa, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, também lembrou que a nação "só pode estar muito agradecida ao Santo Padre, porque é autor de 26 mensagens de solidariedade ao país, beatificou dois colombianos e ordenou três cardeais". "Durante o funeral lembrei com muita emoção que João Paulo II mediou o conflito entre Chile e Argentina, que quase nos levou à guerra, e em 1984 conseguimos firmar aqui no Vaticano um tratado de paz e amizade", assegurou Ignacio Walker, ministro das Relações Exteriores chileno.

O mesmo sentimento tinha a delegação argentina, encabeçada pelo vice-presidente Daniel Scioli, que depois da cerimônia pediu que a emoção mostrada pela multidão "se traduza em atos" e sirva para "fazer um mundo melhor, uma Argentina melhor".

Entre as ausências sentidas estavam os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e do Chile, Ricardo Lagos.




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