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'Eu, Eu Mesmo & Irene': Jim Carrey em papel ideal
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
28/05/2001 | 18:48
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Nos Estados Unidos, o país do politicamente correto, é difícil acreditar que os filmes dos irmãos Farrelly obtenham tanto lucro. O estilo único de Bobby e Peter explora, entre outras coisas, deficiências e limitações físicas das pessoas. Características duvidosas, mas extremamente engraçadas que, para melhorar, caem como uma luva para o astro Jim Carrey, rei da comédia física norte-americana.

Eu, Eu Mesmo & Irene (My, Myself & Irene), o último filme dirigido pela dupla, que chega quarta às locadoras em vídeo e DVD, é imperdível. Carrey, que interpretou um deficiente mental em Debi & Lóide, agora faz o policial Charlie, um homem e pai de família exemplar de Rhode Island que surta quando é abandonado pela mulher, que o troca por um motorista anão e negro. Charlie ainda é obrigado a criar seus três filhos adolescentes sozinho – todos negros e bastardos –, além de ter de agüentar o desrespeito da vizinhança.

Há 17 anos na força policial e tido como um sujeito tão prestativo e bem-educado que é tratado por todos como um tolo, Charlie entra em colapso e revela uma segunda personalidade com a partida de sua amada. Seu alter ego, Hank, é exatamente seu oposto: agressivo, boca-suja, briguento e beberrão.

Charlie passa a tomar um forte medicamento para evitar que Hank assuma sua personalidade. Mas a situação envereda para outro rumo quando seu chefe, ciente de que o policial precisa de férias, o escala para acompanhar uma suspeita de atropelamento até sua cidade. Ela é Irene (Renée Zellweger), por quem Charlie e Hank se apaixonam.

Irene, por sua vez, está mais preocupada em fugir do gângster com quem se envolveu e que agora planeja matá-la. No entanto, acaba se apaixonando pelo doce Charlie, mas é constantemente enganada por Hank.

A grife Farrely tem ainda em seu currículo o divertido Quem Vai Ficar com Mary?, com Cameron Diaz e Ben Stiler. Seu último trabalho é a produção de Diga que Não É Verdade, de James B. Rogers, diretor que tentou seguir os passos da dupla. O filme está em cartaz em São Paulo, mas fica muito atrás em originalidade para as comédias incorretas e deliciosas de Peter e Bobby.




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