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No primeiro semestre, os gastos com mídia no país encolheram 7,56% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), depois de um início de recuperação em agosto, houve uma nova queda, por conta dos atentados nos EUA.
O presidente da Abap, Sérgio Amado, ainda espera uma retomada no fim do ano, mas isso não deverá ser suficiente para repetir o ritmo de expansão de 10% dos últimos anos. “O ano deve fechar sem crescimento nem queda, o que já seria extraordinário.”
Agências do Grande ABC sentiram os reflexos das crises. “Quando as coisas vão bem, todos investem, quando pioram, deixam de investir”, afirmou o sócio da Grande ABC Comunicações, de Santo André, José Carlos Pereira. Fundada em 1974, a empresa registra uma retração de cerca de 20% em receita. “Éramos fortes em classificados, mas o mercado caiu bastante”, afirmou.
A Martins Publicidade, do mesmo município, também projeta retração na casa dos 10% em relação a 2000. “Com as crises argentina e dos EUA, algumas empresas cancelaram compromissos”, disse o sócio Francisco Martins. Para ele, as expectativas agora se concentram no ano que vem.
Para o diretor da Cavassani Publicidade, de São Caetano, Ivan Cavassani, o apagão, o terrorismo e também as dificuldades do comércio em obter autorização da Receita Federal para fazer promoções atrapalharam. “Não tivemos um decréscimo, mas não teremos o crescimento que esperávamos no início do ano.”
A rede de supermercados Coop, com 15 lojas na região, priorizou neste ano as ações de marketing nos pontos de venda. “O fator custo pesou muitos nos investimentos publicitários”, disse o gerente de marketing, Edson Ferrari, que estimou uma redução de 25% nos gastos.
Segundo ele, a empresa diminuiu sua presença em mídia em função da instabilidade econômica. “Mas no ano que vem deveremos voltar a fazer investimentos.”
A rede ABC Pneus, de produtos e serviços automotivos, com oito filiais na região, também reviu seus gastos com publicidade, segundo o diretor de marketing, Paulo Afonso Prado. Ele disse que a empresa optou por fortalecer o treinamento dos funcionários.
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