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Os animais do grupo dos répteis e anfíbios, como lagartos e sapos, respectivamente, a maioria dos peixes e animais invertebrados, como insetos, dependem da temperatura do meio ambiente para regular a do próprio corpo. Por isso, são chamados de ectotérmicos. Popularmente, também são chamados de animais de sangue frio, já que comparado a nós, podem ter o corpo mais gelado, assim como o clima.
Funciona da seguinte maneira: se um sapo estiver no deserto, certamente seu corpo atingirá altas temperaturas (até 42ºC), característico na região, mas se estiver no Sul do Brasil, por exemplo, durante o inverno, seu corpo ficará gelado, assim como o tempo, com temperaturas baixas (como 5ºC ou valores negativos). Ou seja, dificilmente, um sapo terá uma temperatura maior do que nosso corpo, por isso a sensação de que possuem sangue frio.
O ser humano, assim como demais mamíferos, mantém a temperatura corpórea entre 36ºC e 36,5ºC, independente do ambiente, por isso somos chamados de endotérmicos (temos um sistema circulatório que preserva o calor). Caso baixe ou se eleve, é um sinal que precisa ser investigado por um médico.
No Brasil, representam os répteis os lagartos, jacarés, tartarugas e cobras (serpentes). Já o grupo dos anfíbios é composto por sapos, rãs e pererecas.
CURIOSO - Provavelmente, os dinossauros, que habitaram o planeta há milhares de anos, tinham sangue quente. Muitos andavam eretos, voavam e mantinham espécie de penas pelo corpo. Sendo assim, as penas servem para preservar o calor, e essa seria prova de que eles tinham sangue quente – mesmo tendo características típicas de um réptil.
EXCEÇÃO - Mesmo pertencendo ao grupo dos répteis, a tartaruga-de-couro, da espécie marinha que habita o Brasil, consegue elevar a temperatura do corpo mesmo nadando por oceanos com águas a 5ºC. Na média, a temperatura delas fica entre 17ºC – ainda assim, praticamente 9ºC abaixo da condição do corpo humano.
Outro animal que foge à regra, já que é um réptil, é o lagarto teiú que consegue manter o corpo mais quente do que a temperatura ambiente durante o período de acasalamento. É o que revela os últimos estudos de pesquisadores brasileiros e canadenses.
Pergunta de Ana Carolina de Souza Costa, 12 anos, de São Bernardo, após a aula de ciências na escola ficou pensando em por que alguns bichos podem ter temperatura mais baixa. “Tive dúvida em saber se isso realmente é verdade, e, se sim, por qual motivo o corpo dos animais reagem dessa forma”, conta a garota.
Consultoria de Ronaldo Morais e Adriana Ângelo Furtado, professores, diretor e bióloga do BioParque Macuco, em Mauá, respectivamente.
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