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Marcelinho: 'o Rincón bebe uísque, eu nao'
Nelson Cilo
Especial para o Diário
21/02/2000 | 22:27
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  "Nao somos todos iguais." Assim reagiu Marcelinho Carioca ao responder ao volante Rincón, que assumiu publicamente as divergências entre ele e o ex-companheiro de Corinthians. Marcelinho nao queria reaquecer o bate-boca, mas, diante da insistência do colombiano em tocar no assunto, o meia confirmou que os dois mantinham um relacionamento apenas profissional. "Sempre existem polêmicas em tudo na vida. No futebol, mais ainda. No Corinthians, nem se fala. As pessoas nunca pensam do mesmo jeito nem tem os mesmos costumes. O Rincón bebe uísque, eu nao bebo", compara.

Marcelinho Carioca lembra que ele e Rincón nao eram diferentes dos demais colegas de equipe no instante em que bola rolava nos jogos e treinamentos do Corinthians. "Se é para ganhar e defender a nossa camisa, a gente grita, xinga, ofende, desabafa, pronuncia palavroes, descarrega a raiva e coloca para fora a vontade de vencer. Depois, vamos embora para casa e o clima fica legal", constata.

Em um grupo de muitos jogadores, Marcelinho Carioca nao vê nada de anormal em possíveis conflitos. Afinal, segundo ele, cada um tem o seu próprio comportamento e age de maneira distinta. Só nao admite a falta de respeito mútuo. "Se o cara mostra personalidade forte, como eu e o Rincón, o pau come solto na hora do trabalho. Passou dali, esquecemos as brigas. As vezes, exageram nas coisas do Corinthians, mas estou acostumado. Você deve assimilar", avisa.

A propósito, Marcelinho Carioca cita o caso de Oswaldo de Oliveira. Nem os três títulos da temporada 1999/00, recorda o craque, foram suficientes para silenciar os contestadores dos métodos do técnico do Corinthians. "Quando querem criticar, criticam o ídolo, o artista, o político, o presidente da República. O Oswaldo é competente e já provou que é um vencedor na carreira. Imaginem se nao tivéssemos conquistado os títulos paulista, brasileiro e, principalmente, o mundial de clubes?", provoca.

Na opiniao de Marcelinho Carioca, Oliveira é um treinador que sabe impor autoridade sem as habituais gritarias daqueles que gesticulam espalhafatosamente na beira do gramado para, em algumas situaçoes, jogar o time contra a torcida. "A prensa dele é lá nos vestiário. Ele nao precisa aparecer. Na base do diálogo, é claro que a gente gosta mais. Te dá mais prazer para trabalhar", reconhece.

Marcelinho Carioca aproveitou para rebater a tese de que a derrota do Corinthians para o América do México, pela Libertadores, tenha sido o primeiro sinal de relaxamento de quem, desgastado pela maratona do ano passado, começaria a cair instintivamente no início da nova temporada. "Aliás, é um risco que nao vamos permitir. Posso garantir que uma das preocupaçoes do grupo é exatamente a de nao relaxar. É preciso manter a garra. Na volta das férias, tocamos logo nesse ponto. Como sempre, é na seriedade e no senso de profissionalismo. Teremos uma barra pesada durante o ano. É importante que a gente se prepare física e mentalmente para suportar o tranco. Podem crer que as cobranças virao", alerta.




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