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Marcelinho Carioca lembra que ele e Rincón nao eram diferentes dos demais colegas de equipe no instante em que bola rolava nos jogos e treinamentos do Corinthians. "Se é para ganhar e defender a nossa camisa, a gente grita, xinga, ofende, desabafa, pronuncia palavroes, descarrega a raiva e coloca para fora a vontade de vencer. Depois, vamos embora para casa e o clima fica legal", constata.
Em um grupo de muitos jogadores, Marcelinho Carioca nao vê nada de anormal em possíveis conflitos. Afinal, segundo ele, cada um tem o seu próprio comportamento e age de maneira distinta. Só nao admite a falta de respeito mútuo. "Se o cara mostra personalidade forte, como eu e o Rincón, o pau come solto na hora do trabalho. Passou dali, esquecemos as brigas. As vezes, exageram nas coisas do Corinthians, mas estou acostumado. Você deve assimilar", avisa.
A propósito, Marcelinho Carioca cita o caso de Oswaldo de Oliveira. Nem os três títulos da temporada 1999/00, recorda o craque, foram suficientes para silenciar os contestadores dos métodos do técnico do Corinthians. "Quando querem criticar, criticam o ídolo, o artista, o político, o presidente da República. O Oswaldo é competente e já provou que é um vencedor na carreira. Imaginem se nao tivéssemos conquistado os títulos paulista, brasileiro e, principalmente, o mundial de clubes?", provoca.
Na opiniao de Marcelinho Carioca, Oliveira é um treinador que sabe impor autoridade sem as habituais gritarias daqueles que gesticulam espalhafatosamente na beira do gramado para, em algumas situaçoes, jogar o time contra a torcida. "A prensa dele é lá nos vestiário. Ele nao precisa aparecer. Na base do diálogo, é claro que a gente gosta mais. Te dá mais prazer para trabalhar", reconhece.
Marcelinho Carioca aproveitou para rebater a tese de que a derrota do Corinthians para o América do México, pela Libertadores, tenha sido o primeiro sinal de relaxamento de quem, desgastado pela maratona do ano passado, começaria a cair instintivamente no início da nova temporada. "Aliás, é um risco que nao vamos permitir. Posso garantir que uma das preocupaçoes do grupo é exatamente a de nao relaxar. É preciso manter a garra. Na volta das férias, tocamos logo nesse ponto. Como sempre, é na seriedade e no senso de profissionalismo. Teremos uma barra pesada durante o ano. É importante que a gente se prepare física e mentalmente para suportar o tranco. Podem crer que as cobranças virao", alerta.
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