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MP investiga demolição de prédio histórico em Ribeirão Preto (SP)
Estadão Conteúdo
05/05/2010 | 16:24
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O MPE (Ministério Público Estadual) de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, abriu inquérito para investigar a possível demolição irregular de um prédio histórico e tombado, da antiga indústria Algodoeira Matarazzo, no Centro da cidade. O promotor Naul Felca visitou o local ontem, acompanhado de um membro do Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural), do município, que tombou o frontão e as treliças (estruturas de madeira do telhado) do prédio em 2007. O local pertence à Igreja Internacional da Graça de Deus, que pretende construir um templo e sede.

Claudio Bauso, conselheiro do Conppac que acompanhou Felca, informou que a demolição teria ocorrido em 75% do prédio, que tem arquitetura de estilo inglês e foi construído em 1932. "Esse foi o primeiro galpão industrial da cidade", contou Bauso, indignado. "Já houve um crime, derrubaram metade da fachada, que tinha que ser preservada, e agora a questão é policial e da promotoria", disse. Bauso afirmou que o novo uso do local precisa da aprovação do corpo técnico do Conppac.

O pastor Willian Sodré, representante da Igreja Internacional da Graça de Deus, afirmou que, para construir o templo no local, um projeto arquitetônico foi enviado ao corpo técnico do Conppac. A demolição de parte da estrutura teria ocorrido em 2008, com autorização da prefeitura. Bauso desconhece documentação ou autorização para demolição.

A presidente do Conppac, Cláudia Morroni, disse que aguarda laudos do corpo técnico sobre a ação ocorrida ontem na antiga Algodoeira Matarazzo e que o projeto analisado hoje teria sido encaminhado ao órgão pelos proprietários em novembro. Ela afirmou desconhecer qualquer autorização para demolição no prédio. Porém, cita que o decreto de tombamento do imóvel tem um artigo que permite demolição, desde que preservados e restaurados os frontões e treliças.




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