ouça este conteúdo
|
readme
|
O "Diabo Louro" fica por um ano no Parque São Jorge, com prioridade de renovação para o Corinthians. O salário mensal gira em torno de R$ 100 mil, metade do que ele recebia no Grêmio. O fato de receber menos no Timão foi bastante alardeado pelo atacante como uma prova de que não é mercenário e que chega de coração aberto ao ex-rival.
No Salão Nobre do clube, Paulo Nunes deu entrevistas e posou para os fotógrafos usando a camisa 10. Empolgado, falou em trabalho e mostrou-se preocupado em superar a ligação de sua imagem com o Palmeiras.
Na hora de mostrar a cara aos cerca de 100 torcedores que o esperavam no gramado do Parque, a recepção não foi das melhores. Além de entoar o tradicional coro "Ô Paulo Nunes/Presta atenção/Muito cuidado com a camisa do Timão", o atacante foi hostilizado com xingamentos.
Para "quebrar o gelo", Nunes aproximou-se da torcida e distribuiu alguns autógrafos, ganhando instantaneamente a simpatia dos fiéis. Mais animado, o atacante reforçou a tese de que vai trabalhar para ser amado pela torcida.
"Vou honrar essa camisa", prometeu. Ele pediu um prazo de dez dias para se preparar fisicamente e estar disponível para brigar por uma posição entre os titulares.
Brigar por posição porque o técnico Dario Pereyra já havia manifestado publicamente que não aprovava completamente a contratação de Paulo Nunes. O treinador afirmou que o atacante está "fora de forma" e em uma fase decadente.
"Não vou ganhar o Dario com palavras. Mas ele disse que quem estiver melhor joga no time dele", declarou o atacante. Outro atrito entre o centroavante e seu treinador refere-se ao "sigilo" em que ocorreu a negociação. Nunes revelou que a transação correu sem o conhecimento de Pereyra.
Boa vizinhança - Paulo Nunes já protagonizou uma briga com o meia Edílson, no clássico Palmeiras x Corinthians pela final do Paulistão de 99. O "Capetinha" fez embaixadas e equilibrou a bola na nuca para provocar os adversários e Paulo Nunes tentou acabar com a brincadeira a pontapés.
O Diabo Louro tentou, literalmente, ganhar a Fiel pelo estômago. No final de semana, ele convidou José Cláudio Moraes (Dentinho) e Douglas Deúngaro (Metaleiro), ambos presidentes da Gaviões (o atual e o antecessor), para um jantar em uma churrascaria da zona Sul.
No papo diplomático, Paulo Nunes já foi cobrado. Dentinho e Metaleiro pediram empenho pelo Corinthians, enquanto o atacante negociou o apoio da Fiel.
O atleta afirmou que saiu do jantar de sábado com a garantia de que seria apoiado pela maior torcida organizada do time de maior torcida do Estado.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.