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Mauá: Parque das Américas se desenvolve
Leone Farias
Da Redaçao
18/08/2000 | 23:16
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  O segundo bairro mais populoso de Mauá, o Parque das Américas, com mais de 60 mil moradores, vê um grande desenvolvimento de sua atividade comercial, que se concentra principalmente na rua Havana, próximo à estaçao ferroviária Guapituba. Muitas lojas, das mais diversas atividades - de flores e roupas a calçados e móveis - foram abertas nos últimos anos, em uma aposta dos comerciantes no bom fluxo de pessoas e na força do comércio de bairro.

As boas perspectivas ganham ainda mais impulso com o projeto de revitalizaçao - o local receberá calçadoes, iluminaçao reforçada e obras de paisagismo - iniciado pela Prefeitura, segundo os comerciantes. A reforma está prevista pela administraçao municipal para ser concluída em três meses.

"Com isso, o bairro, que é o terceiro núcleo comercial de Mauá (depois do Centro e do Jardim Zaíra), ficará mais bonito. Se conseguirmos a instalaçao de um banco e mais segurança, a tendência é que fique ainda melhor", disse o presidente da Associaçao Comercial, Industrial e Agrícola de Mauá, Luís Augusto Gonçalves de Almeida, referindo-se às duas principais reivindicaçoes dos lojistas do Parque das Américas para o desenvolvimento do segmento.

Instalada há apenas um ano e dois meses no bairro, a Altura Máxima, de moda jovem, cuja matriz fica no Centro, registra uma expansao nas vendas. "Estamos indo bem, o comércio do Parque das Américas está crescendo bastante", disse a gerente, Luciana Cardoso de Aguiar.

Segundo ela, a opçao por abrir uma segunda unidade deveu-se a essa aposta no potencial local. No entanto, ressaltou que no bairro o atendimento tem de ser personalizado, para cativar a clientela, formada principalmente por moradores das proximidades. "Conhecer as pessoas pelos nomes e tornar-se amigo dos clientes acaba sendo uma decorrência do trabalho."

Para Marcelo Hayashi, da Fábula, comércio de doces e salgados, as perspectivas sao animadoras. Ele está há apenas cinco meses com loja na rua Havana, depois de se transferir de outro bairro. "A tendência é crescer, há potencial, já que há um grande fluxo de pessoas. E o calçadao também deve ajudar." O comerciante afirmou que o bom atendimanto e o preço baixo sao receitas para impulsionar suas vendas. "Ter sempre um sorriso e procurar dar orientaçoes ao cliente sao pontos importantes."

Outro que montou loja na rua há pouco tempo é o empresário José Marinho, do Bazar Leo. Segundo ele, o bom movimento de público serviu como incentivo para abrir a unidade ali, no fim do ano passado. "Ainda nao deu para sentir, mas as perspectivas sao boas. Estamos acreditando nessas reformas." Marinho aposta na oferta diversificada - roupas, material escolar, brinquedos e utensílios domésticos - e em preços competitivos para se sair bem.

O empresário Edson Sabino, da Sabino Calçados, concorda que é importante conhecer bem o cliente para cativá-lo. Mas ele ressaltou que, no ramo, é necessário muito trabalho e inovaçoes constantes, ainda mais com a concorrência dos shoppings e o desemprego na regiao.

Fundada há 15 anos, a Sabino registrou vendas estáveis no primeiro semestre em relaçao a 1999. O empresário afirmou que reformou a loja há três anos e constantemente oferece treinamento aos funcionários. Ele tem projeto de montar uma unidade no futuro Shopping Mauá, do Grupo Peralta, mas nao pretende sair do Parque das Américas. "Aqui é a minha origem, foi onde eu comecei", disse o empresário, que acredita ainda que um banco ajudaria a fixar mais o cliente no bairro, e fazer com que ele nao precisasse ir tanto ao Centro.

As dificuldades da economia do país atrapalham mas nao impedem o empresário Ruber Luiz Rocha, da lanchonete Vide Gula, de acreditar em melhora nas vendas. Ele mudou-se há um ano para uma nova loja na mesma rua, em um ponto comercial maior, e vem buscando diferenciais. Música ao vivo às sextas-feiras, mais de 120 itens no cardápio - entre salgados, pastéis, lanches, pizzas, etc - e a casa aberta 24h nos fins de semana sao alguns deles.

Um dos mais antigos no bairro, o farmacêutico Bazílio Penha, tem saudades do passado, quando havia menos concorrência. "Reduzi muito minhas despesas e demiti funcionários nos últimos tempos." Mas ele ressaltou que a clientela cativa o ajuda a se manter nos negócios. "Consigo ganhar no atendimento. O cliente vem buscar orientaçoes comigo."

 O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Paulo Eugênio Pereira Júnior, afirmou que o projeto de revitalizaçao do comércio do bairro nao se esgota nas obras de embelezamento da área. Há planos de colocar cursos do programa Brasil Empreendedor, oferecidos pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e há a discussao com os comerciantes, segundo ele, para levar ao Parque das Américas um Banco do Brasil. A idéia é fazer a revitalizaçao urbana e ao mesmo tempo requalificar o comerciante e fixar mais o consumidor no centro comercial do bairro.




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