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Também estava no esconderijo Stênio da Costa Madeira, 25, que seria amigo de infância do pagodeiro. Ele foi detido para explicar-se e, se comprovada relação com o caso, pode responder por crime de favorecimento pessoal.
Os oito policiais da Polinter chegaram no condomínio Maramar às 6h05. O delegado Carlos Eduardo Almeida contou que foram recebidos por um caseiro e depois pela namorada de Belo, a modelo Viviane Araújo. Depois de vinte minutos vasculhando a casa, encontraram o esconderijo.
Segundo Almeida, Belo construiu o esconderijo há um ano e já teria se abrigado lá para fugir da polícia. O cantor ficou foragido por 32 dias, em dezembro de 2003. “Ele disse que comprou a casa havia cinco anos, mas aquilo (esconderijo) não existia. Sempre eram feitas buscas e o Belo não era encontrado. Achamos que nunca teria deixado a casa”, afirmou Almeida.
Apesar de ter coberto as mãos com uma camisa, policiais confirmaram que o cantor chegou à Polinter, na zona portuária, algemado. No fim da tarde, algumas fãs faziam plantão na porta da carceragem, na esperança de vê-lo. O pagodeiro ficará na Polinter, aguardando vaga no sistema penitenciário. Como não tem curso superior, não tem direito à cela especial.
Nesta quinta-feira foi expedido um novo mandado de prisão contra o cantor. A pena de Belo aumentou de seis para oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O mandado de prisão também foi expedido nesta quinta para Antonio Carlos Ferreira Gabriel, o Rumba, líder comunitário da favela do Jacarezinho, que está sendo procurado.
Recurso – O advogado de Belo, César Ferraro, disse que vai recorrer da decisão da Justiça, mas isso só deve ocorrer na próxima segunda-feira. “Até lá, o Belo fica preso. As instâncias não estão esgotadas e cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, em Brasília”, afirmou ele, que conta com outros dois advogados na defesa do artista.
Ferraro informou ainda que, ao saber da decisão da Justiça, conversou com Belo e decidiram que ele se apresentaria nesta quinta-feira, mas a polícia chegou antes. Apesar de garantir que o cantor “se submeteria à Justiça”, ele minimizou o fato de ele ter sido encontrado escondido. “O Belo ficou amedrontado.”
Grampos — Em abril de 2002, telefonemas grampeados revelaram uma ligação entre o Belo e o traficante Waldir Ferreira, o Vado – responsável pelo comércio de entorpecentes na favela do Jacarezinho, Zona Norte da capital fluminense.
Nesta conversa, Vado (morto durante tiroteio com policiais militares em agosto de 2003) pede R$ 11 mil para comprar 'tecido fino', que significa cocaína. Em troca, Belo pede um 'tênis AR', que na linguagem do crime é a mesma coisa que um fuzil AR-15.
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