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Emerson Fittipaldi e Paulo Júdice trocam acusaçoes
Do Diário do Grande ABC
17/02/2000 | 23:10
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As divergências entre os sócios da antiga concessionária do Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, seguem na mesma velocidade das curvas da Fórmula Indy. De um lado, o ex-piloto Emerson Fittipaldi assegura a disputa da Rio 200, a etapa carioca da F Indy, para o dia 30 de abril, no circuito de Jacarepaguá, e ataca Paulo Júdice, responsabilizando-o pelo fato de os investimentos da PPE, a concessionária, nao terem vingado. Júdice contra-ataca com uma açao popular que pretende questionar o contrato entre a Cart, organizadora da F Indy, e a Fittipaldi Internacional Marketing, empresa de Emerson que detém os direitos da categoria no Brasil.

Júdice argumenta que a empresa de Fittipaldi, também sócio da PPE, antiga concessionária do autódromo, nao teria pago o aluguel da pista e as despesas referentes a telefone, limpeza e segurança, que totalizariam R$ 880 mil. Enquanto Emerson garante a realizaçao da corrida, Júdice sustenta que a prova está ameaçada de nao ser disputada no Rio. A razao seria justamente a dívida do ano passado, no período de três meses em que o circuito foi cedido para a F Indy, segundo previa o contrato de licitaçao elaborado pela Prefeitura do Rio há dois anos. Júdice pretende cobrar na Justiça os possíveis prejuízos que ele, como sócio da concessionária, teria tido com o nao-pagamento do aluguel da pista de Jacarepaguá.

Prejuízo - Nesta quarta-feira, na entrevista coletiva que concedeu em Brasília, sem a presença de Nelson Piquet, Emerson confirmou a F Indy e justificou que a responsabilidade pela administraçao do autódromo na época da prova será da prefeitura. O cancelamento da prova representaria prejuízo de US$ 25 milhoes (R$ 46 milhoes), montante estimado de lucro para o Rio, segundo Emerson. Emerson disse que Piquet estaria ausente porque teria outros compromissos e negou divergências com o ex-piloto. Piquet, porém, teria faltado ao encontro porque quis - ele estaria em Brasília o tempo todo da entrevista. Somente depois foi para Fortaleza, onde disputa domingo as Seis Horas do Nordeste.

Independentemente das divergências, seguem duas medidas propostas pelos sócios da PPE. A empresa entrou com recurso administrativo contestando a decisao da prefeitura de cancelar a concessao e retomar o controle do autódromo. Júdice, sócio com Piquet da NPJ Empreendimentos, detentora de 43% da PPE, entrou com uma açao popular na Justiça questionando o contrato da F Indy com a Fittipaldi Internacional Marketing. Nesta quarta-feira, Emerson disse que ele e Piquet tiveram prejuízos financeiros e de imagem com o episódio. Segundo Emerson, os investimentos da PPE no autódromo nao vingaram por culpa de Júdice. "Ele tem uma ética profissional bem diferente da minha", afirmou.




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