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Bonfim foi assassinado a cerca de 30 m da avenida Senador Vergueiro, uma via expressa e repleta de pontos comerciais em São Bernardo. A polícia ainda não tem suspeitos. Duas testemunhas ouviram três tiros.
Uma delas é M.V., de 37 anos, que contou ao Diário ter ouvido o primeiro tiro enquanto almoçava. Ele foi ver o que estava acontecendo e encontrou o ex-policial, que pedia socorro, caído no chão ferido com um tiro no peito.
O ex-policial estava do lado do carro de sua mulher, um Uno Mille preto, que se encontrava estacionado e com a porta aberta. Segundo a testemunha, a vítima estava armada e, mesmo deitado no meio fio da rua, chegou a disparar duas vezes. Um dos tiros acertou o muro de uma casa em frente ao local. “Sempre o via passando, mas não sabia quem era. Quando vi a cena, liguei imediatamente para a polícia”, disse V..
Uma outra testemunha ouvida pela polícia afirmou que viu um Fusca branco arrancar após o disparo que atingiu Bonfim. A vítima ainda foi socorrida, mas morreu cerca de uma hora e meia depois no Pronto-Socorro Central, no Hospital Príncipe Humberto.
Ao lado de Bonfim, a polícia encontrou uma pistola 380, registrada em seu nome, que provavelmente ele usou para se defender. A arma tinha queixa de roubo em 2002, que não foi retirada pelo dono. No carro da vítima, havia 42 balas de pistola e três carregadores.
Segundo a polícia, o ex-policial tinha uma empresa de segurança particular. No entanto, até a tarde desta quinta não haviam sido identificados o nome e o local da empresa. “Vamos trabalhar com as hipóteses de vingança de ex-funcionários e tentativa de roubo”, disse o delegado assistente do 2º DP de São Bernardo, Evandro Augusto Vieira de Lima. A polícia também não descarta a tese de que policiais militares, que teriam desavenças com Bonfim, o tenham matado.
A delegada regional do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada), Mirian Bazote, afirmou que a vítima não tinha empresa cadastrada na entidade. “Por ele ter sido processado e condenado por homicídio, não poderia abrir uma empresa de segurança. Se tinha firma, era clandestina”, disse Mirian. A mulher do ex-policial não foi encontrada para comentar o caso.
Segundo comerciantes da avenida Senador Vergueiro, o ex-policial costumava passar no escritório de advocacia da sogra, ali perto, onde a mulher dele também trabalha. Ele estava sozinho na hora do crime.
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