Cuidado: não chegue perto de mim! É essa mensagem que as cores fortes da pele do sapinho-garimpeiro passa aos predadores. Diferentemente da maioria dos anfíbios, que têm cor discreta para facilitar a camuflagem (esconder-se entre a vegetação), ele é supercolorido (vermelho, azul, amarelo com manchas pretas) para avisar que é venenoso.

Apesar do perigo que representa, o sapinho-garimpeiro tem no máximo 5 cm. Vive na Floresta Amazônica brasileira, além de Suriname e Guiana Francesa, na América do Sul. Tem hábitos diurnos e vive principalmente no chão, entre folhas e troncos. Alimenta-se de formigas, cupins, larvas, moscas, aranhas e outros insetos; pode passar o dia caçando.

A reprodução ocorre durante a estação chuvosa (de novembro a março). Durante esse período, a fêmea pode botar de quatro a 11 ovos várias vezes. Eles ficam escondidos em locais com fina camada de água.

Os filhotes nascem depois de 15 dias. O pai vai até eles e faz com que subam nas suas costas, transportando-os para um lugar mais seguro e com mais água para que se desenvolvam. Esse comportamento é comum nesse grupo de anfíbios.

Os bebês (nessa fase chamados de girinos) demoram quase três meses para se transformar em sapos. Mas só aos 2 anos, estarão prontos para se reproduzir.

O sapinho-garimpeiro não está ameaçado de extinção. Entretanto, sofre com a destruição de seu habitat, mudanças do clima e o tráfico de animais.