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A organização católica ultraconservadora Opus Dei espera que o filme O Código Da Vinci, baseado no livro de Dan Brown do mesmo título, seja proibido aos menores de idade para protegê-los da "manipulação da história".
"Uma questão interessante é se este filme não teria que ser reservado apenas aos maiores de idade. Qualquer adulto distingue realidade de ficção: basta ter um pouco de cultura. Porém, ante uma manipulação da história, a uma criança faltam elementos de juízo: não basta acrescentar a palavra 'ficção'", declarou o diretor da Opus Dei para as relações com os meios internacionais, Marc Carrogio.
"Assim como se protege os menores das cenas explícitas de sexo e violência, não deveriam ser protegidos da violência expressa de forma mais sutil e por isso mais insidiosa?", questionou Carrogio em declarações à agência católica de notícias Zenit.
Carroggio admitiu que o livro de Brown e a expectativa provocada pelo filme resultam em publicidade indireta para a organização. Em relação à estréia do filme, que foi rodado no Museu do Louvre (Paris), "não há nenhuma declaração de guerra contra ninguém", acrescentou.
A milionária produção cinematográfica O Código da Vinci, produzida pela Sony-Columbia e com Tom Hanks e Audrey Tautou como protagonistas, tem como "bandido" a prelazia da Opus Dei, que chega a cometer assassinatos para defender um segredo.
O livro O Código Da Vinci, que já vendeu mais de 20 milhões de exemplares em todo o planeta, foi duramente criticado pelo cardeal italiano Tarcisio Bertone, arcebispo de Gênova, que pediu aos católicos que não leiam o romance.
O religioso organizou um encontro no ano passado para "restabelecer a verdade" e desmentir a existência de uma organização para defender os descendentes de Jesus e Maria Madalena.
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