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Sérgio Hondjakoff é um ator irreverente
Roberta Brasil
Da TV Press
13/06/2003 | 19:52
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Sérgio Hondjakoff já está acostumado a ser chamado de Cabeção nas ruas. A popularidade do personagem que ele interpreta há três anos em Malhação é tamanha que praticamente obrigou o novo autor da novelinha, Ricardo Hofstetter, a mantê-lo na trama – mesmo depois de toda sua família sair de cena. Na verdade, boa parte do sucesso do jovem com espinhas no rosto se deve ao bom humor com o qual encara os conflitos típicos da adolescência. “Cabeção não é um personagem sério, mas é tudo que os adolescentes são. Por isso todo mundo gosta”, diz seu intérprete.

Sérgio reconhece que há muito em comum entre ele e Cabeção. Até porque o personagem vem crescendo junto com o ator. Durante as três fases da novelinha, Cabeção perdeu a virgindade, aprendeu a dirigir, terminou a escola e se apaixonou. E, como a vida imita a arte, tanto Sérgio quanto Cabeção ainda não sabem qual será a opção de carreira para o vestibular. “Estou em dúvida entre Cinema e Artes Cênicas. Ele não sabe se faz Informática ou Teatro”.

Mas Sérgio não teve a menor dúvida quando optou por ser ator. Aos 4 anos, começou uma meteórica carreira de modelo infantil. Aos 7, estreou na Globo em um especial do Dia das Crianças na extinta Escolinha do Professor Raimundo. No humorístico, o ator encarnou o filho de Rolando Lero – vivido por Rogério Cardoso –, batizado de Levando Papo. “A Deborah Secco também estreou nesse especial e está aí até hoje”.

Depois, investiu na carreira musical e tentou emplacar com um grupo infantil, ao estilo Balão Mágico e Trem da Alegria. Mas o projeto não foi longe. Em 1992, Sérgio participou da minissérie Contos de Verão e, em 1998, interpretou o pequeno Daniel, filho do personagem de José Mayer na novela Meu Bem Querer, de Ricardo Linhares. “Como cresci fazendo participações em TV, nunca tive dúvidas sobre a carreira artística. Aos 10 anos, já queria fazer novela na Globo”, afirma o ator, que ainda contabiliza 11 peças de teatro no currículo.

Em Malhação, Sérgio só reclama das despedidas no fim de cada temporada. A última foi a mais difícil. Afinal o ator teve de dizer adeus a colegas como Giuseppe Oristâneo, Giselle Tigre e Fernanda Nobre, que formavam sua família na ficção. “No último dia em que gravamos juntos foi a maior choradeira”, diz Sérgio, que nasceu em Nova York e herdou o sobrenome russo Hondjakoff do avô materno.

Mas nem por isso o ator se diz cansado da novelinha. Ao contrário: apesar de querer muito interpretar outros tipos na TV, ele considera o fato de viver o mesmo personagem por tanto tempo um privilégio para poucos atores. “É um desafio encontrar novos caminhos para o Cabeção. Mas ele está amadurecendo e os autores sempre inventam alguma novidade”, diz o ator, que também tem um outro bom motivo para continuar em Malhação. “É bem melhor do que estar desempregado!”, afirma, sem rodeios – completando, aos risos, que se faltar trabalho ele pleiteará uma vaga no Vídeo Show, onde sempre participa das brincadeiras.

Se depender das estripulias de seu personagem, porém, trabalho é o que não faltará para o ator. Depois de se dedicar à turbulenta sociedade no Ogromóvel com o boa-pinta Maumau (Cauã Reymond), Cabeção só quer saber de paz e amor. Flechado pelo cupido, o personagem se oferece para ensinar à japonesa Miyuki (Danielle Suzuki) todas as manhas dos costumes ocidentais. Mas só pensa mesmo em conquistar a bela garota de olhos puxados. “Estou achando ótimo! Finalmente vou me arranjar nessa história”, diz Sérgio, que namora a modelo Yasmin Brunet, filha de Luiza Brunet.




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