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Michael Jackson deixou coleção de animais exóticos
Da AFP
29/06/2009 | 14:22
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Um chimpanzé dançarino, quatro girafas e muitos outros animais exóticos: o excêntrico ícone pop Michael Jackson, que faleceu na última quinta-feira, deixa além de uma herança artística um impressionante legado zoológico.

Para delícia da imprensa sensacionalista e preocupação de grupos de defesa dos animais, Jackson montou um zoológico particular em Neverland, seu rancho de 1.050 hectares nas colinas de Los Olivos, no Estado da Califórnia.

A maior parte dos animais já havia sido levada para diferentes lugares nos últimos anos, à medida que os problemas pessoais e financeiros do rei do pop se agravavam.

A mascote mais famosa de Jackson, o chimpanzé Bubbles - que era cobaia em um laboratório médico e foi adotado pelo cantor em 1985 - vive há quatro anos no Centro para Grandes Primatas da Flórida, informou a diretora do refúgio, Patti Ragan.

Desde que Bubbles chegou à reserva, Jackson jamais foi visitá-lo e sequer mandava dinheiro para ajudar, disse Ragan. "Até este momento, todas as doações para o cuidado de Bubbles vieram de pessoas que ajudam o centro. Dependemos de doações", informou.

No site do refúgio, uma foto de Bubbles ilustra um banner do centro pedindo contribuições.

Ragan estimou em US$ 16 mil o custo anual para cuidar de cada primata. Um chimpanzé pode viver até 50 anos.

Quando Jackson teve filhos, entregou Bubbles para Bob Dunn, um treinador de animais de Hollywood. Procurado pela AFP, Dunn não quis fazer comentários, explicando que estava no meio de negociações para dar declarações exclusivas sobre Bubbles.

Ao tablóide britânico News of the World, Dunn disse que Jackson considerava o chimpanzé como "seu primeiro filho" e o visitava regularmente.

A associação de defesa dos animais Peta denunciou ser muito difícil descobrir o que aconteceu com a maioria dos animais do zoológico de Jackson.

Lisa Wathne, especialista em animais exóticos em cativeiro da Peta, se mostrou particularmente preocupada com dois orangotangos, enviados para um criador particular em Connecticut, e com répteis, acolhidos por um zoológico de Oklahoma.

"Acontece com muita frequência, inclusive com as pessoas que têm boas intenções, como certamente era o caso de Michael Jackson, que elas não têm habilidade para cuidar adequadamente desses animais", lamentou.

"E infelizmente no caso de Michael Jackson, houve problemas financeiros que fizeram com que estes animais fossem espalhados pelo mundo. Para ser franca, não sabemos aonde foi parar a maioria deles".

Em 2006, a Peta apresentou um queixa às autoridades americanas, denunciando que os animais exóticos de Neverland estavam sendo maltratados. Uma inspeção no rancho, no entanto, não encontrou evidência de abusos.

Os dois tigres de Jackson, Thriller e Sabu, foram levados para uma reserva animal na Califórnia, dirigida pela ex-atriz Tippi Hedren.

A fundação Voices of the Wild, que mantém um refúgio animal no Arizona, adotou as quatro girafas de Neverland, além de vários répteis e aves exóticas, entre elas a arara Rikki, que era considerada a favorita de Michael Jackson.

Freddie Hancock, fundador e diretor do grupo sem fins lucrativos, pediu aos fãs do cantor que enviem doações para que o refúgio consiga manter os animais. "Acredito que ele amava os animais. E quando você é uma pessoa que ama os animais, os animais sabem disso", disse Hancock.




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