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AACD prioriza fila de 32 mil e pára expansão
Estadão Conteúdo
06/11/2008 | 08:29
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A fila de crianças e jovens que esperam por consultas, cirurgias órteses, próteses e cadeiras de rodas nas oito unidades da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) no País chegou a 32 mil pessoas, quase um estádio do Pacaembu lotado, e a entidade decidiu parar de investir em expansão para tentar dar conta da demanda. No quesito cirurgias, o tempo de fila oscila entre dois e 10 anos.

Segundo Eduardo de Almeida Carneiro, diretor-presidente da AACD, todos os recursos do Teleton 2008, campanha televisiva para a arrecadação de fundos que começa nesta sexta-feira, terão de ser investidos na contratação de mais profissionais para as unidades já existentes, com o objetivo de reduzir a espera. "Essa espera é só na AACD, imagine nos rincões do País. Imagine esperar dez anos. Com os recursos do Teleton, construíamos uma unidade nova a cada ano, mas imaginávamos que a comunidade assumiria os serviços", afirma.

Segundo o presidente, convênios da entidade com prefeituras e outras esferas de governo, além de doações e prestações de serviços, não têm ocorrido em volume suficiente para dar conta do funcionamento da AACD a pleno vapor. E, sem todos os profissionais e equipamentos, a espera aumenta. "Não há mais como crescer. Por essa razão, neste ano, os recursos do Teleton serão para o atendimento dos que já estão na fila, até porque as unidades não estão a 100%", disse Carneiro, que trabalha como voluntário.

A AACD é atualmente uma das principais redes filantrópicas de assistência a crianças deficientes no País e realizou, em 2006, 1,6 milhão de atendimentos - responde por até 30% do volume no Estado de São Paulo. Do orçamento anual de R$ 130 milhões, R$ 18 milhões vêm do Teleton, veiculado nos últimos nove anos pelo SBT. "O Teleton ajuda nosso trabalho e também traz mais pacientes", afirma Carneiro.




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