O Brasil terá papel de destaque na escolha do próximo líder da Igreja Católica. Sete cardeais brasileiros estão entre os eleitores que participarão do Conclave, cerimônia reservada aos membros do Colégio dos Cardeais com menos de 80 anos, responsável por eleger o novo papa após a morte de Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21).

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O grupo brasileiro é o maior entre os países da América Latina com direito a voto. Entre os nomes, há lideranças experientes, vozes influentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e religiosos com forte atuação social em diversas regiões do país.

Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, retorna ao Conclave após ter sido um dos cotados para assumir o papado em 2013. Reconhecido por seu perfil teológico e pastoral equilibrado, Scherer é uma das figuras mais conhecidas da Igreja brasileira.

Outro nome de peso é o de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro. Com forte presença durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013, quando o Papa Francisco visitou o Brasil, Tempesta é lembrado por seu envolvimento com a juventude e a educação.

Também integra a lista o atual presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, conhecido por seu diálogo com diferentes setores da sociedade. Natural de Santa Catarina, Spengler representa a renovação do episcopado brasileiro no cenário internacional.

Dom Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, é outra figura central no episcopado nacional. Ele já presidiu a CNBB e é respeitado por sua trajetória acadêmica e atuação pastoral no Nordeste.

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Mais jovem entre os cardeais brasileiros aptos a votar, Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, tem 57 anos e formação sólida em Teologia. Foi criado cardeal por Francisco em 2022 e é visto como uma das apostas para o futuro da Igreja.

Na capital italiana, o cardeal João Braz de Aviz, de 77 anos, ocupa um dos mais altos cargos no Vaticano: ele é prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada. Com longa experiência em Roma, participou do último Conclave e retorna como voz respeitada entre os cardeais.

Por fim, o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, completa a delegação brasileira. Primeiro cardeal da Amazônia, Steiner tem defendido pautas ambientais e indígenas, o que o tornou um nome de referência no pontificado de Francisco.

O único cardeal brasileiro fora da votação é Dom Raymundo Damasceno, de 87 anos, que, por ultrapassar o limite de idade, não poderá votar, mas poderá participar das reuniões preparatórias com os demais cardeais.