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DER define prazo de edital para duplicação da Índio Tibiriçá

Projeto deve sair após 14 anos; cerca de 20 mil veículos se arriscam diariamente na ‘estrada da morte’

Tatiane Pamboukian
21/04/2025 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC

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 A proposta de duplicação da Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31), que liga São Bernardo a Suzano, passando por Santo André e Ribeirão Pires, pode, finalmente, sair do papel após 14 anos. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou ao Diário que o projeto está em execução e o edital de licitação vai ser publicado no próximo semestre. Em 2011, o então governador Geraldo Alckmin já havia solicitado ao órgão um estudo de viabilidade de duplicação da rodovia. A primeira promessa é de que a obra seria entregue em 2015. 

A previsão de início das obras, assim como valores de investimento, será definida após a conclusão do projeto e a publicação do edital de licitação. No entanto, o avanço da proposta e a definição de datas trazem expectativa positiva para moradores do entorno e usuários da via que, há ao menos três décadas, anseiam por soluções que possam melhorar o tráfego e garantir maior segurança aos pedestres. Cerca de 20 mil veículos circulam diariamente pela rodovia, sendo 9.462 no sentido de São Bernardo e 10.666 rumo a Suzano, segundo o DER. O alargamento da pista de uma rodovia é recomendado quando o fluxo ultrapassa 10 mil veículos por dia.

De acordo com o DER, a demora no desenvolvimento do projeto ocorre porque toda intervenção é precedida de estudos técnicos, que “visam identificar e solucionar os principais pontos críticos da via, reforçando a segurança e eficiência no tráfego”, informou. O projeto deve envolver a construção de acostamentos e rotatórias em locais estratégicos para facilitar a manobra dos veículos, além de sinalização e outros dispositivos de segurança, como muretas de concreto. Porém, o DER está analisando a viabilidade e necessidade de cada demanda e não revela detalhes do que será feito. 

A via ganhou o apelido de “rodovia da morte” nos anos 2000. No primeiro semestre de 2012, a estrada chegou a registrar 77 vítimas fatais, segundo dados do Infosiga, sistema de monitoramento do Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo). 

Milhares de pessoas arriscam suas vidas diariamente na Rodovia Índio Tibiriçá, que possui cerca de 36 quilômetros. Por ter uma única faixa para cada sentido, os veículos fazem ultrapassagens constantes pela contramão, provocando graves acidentes. A quantidade limitada de faixas faz com que motoristas também invadam o acostamento. Os pedestres, pela falta de locais para transitar, também se arriscam ao utilizar o espaço.

RADARES 

Enquanto o projeto de duplicação não sai, intensificar a fiscalização de motoristas que dirigem em alta velocidade é um dos caminhos para diminuir os acidentes. O DER anunciou, em fevereiro deste ano, a instalação de radares nos quilômetros 41,8 e 53,9, trecho que corta Ribeirão Pires. 

O prefeito da Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), diz que a população do município aguarda há anos por medidas que garantam mais segurança. “A Rodovia Índio Tibiriçá é a principal ligação de Ribeirão Pires a São Bernardo e Suzano, por onde todos os dias milhares de pessoas circulam a caminho do trabalho, de casa. O maior ganho, sem dúvida, é em segurança. A obra deve ser somada a outros investimentos em sinalização e ações de conscientização dos condutores, para reduzir o número de acidentes e salvar vidas”, avalia. 

O diretor de Mobilidade de Ribeirão Pires, Fabio Bertrani Leme, ressalta a importância do projeto de duplicação da rodovia e de ações de combate a acidentes. “A duplicação da rodovia Índio Tibiriçá não é só uma obra de engenharia viária, ela faz parte de um plano estratégico de prevenção de sinistros e óbitos, que vai também trazer qualidade de vida para todos os usuários da via.”




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