Novo ramal de metrô ligará Santo André e São Bernardo à zona oeste de São Paulo, com 24 estações distribuídas em 30 quilômetros de traçado
ouça este conteúdo
|
readme
|
Aguardada pelos moradores do Grande ABC, a Linha 20-Rosa, prevista para ser a primeira ligação de metrô entre a região, passando por São Bernardo e Santo André, e a Capital, deve alcançar mais uma etapa no segundo semestre deste ano, com a realização das audiências públicas. Essa fase antecede o lançamento do edital, de um serviço que gera expectativa há anos para quem precisa ir e voltar de São Paulo, e viu a Linha 18-Bronze ser sepultada pelo BRT (Bus Rapid Transit), com obras, mais uma vez, atrasadas.
De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo, a Linha 20-Rosa está no escopo de expansão da rede metroviária que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) considera prioritária. Entram neste grupo mais dois projetos: as linhas 19-Celeste e 22-Marrom, que ligarão São Paulo a Guarulhos e Cotia, respectivamente.
“As análises têm como premissa a avaliação de estratégias para a expansão da malha por meio da implementação das linhas 19-Celeste, 20-Rosa e 22-Marrom. As audiências devem acontecer no segundo semestre deste ano. Detalhes sobre data e locais da realização serão comunicados posteriormente”, diz a Pasta.
A Linha 20-Rosa tem um traçado proposto de 30 quilômetros de extensão e 24 estações, sendo 18 situadas em São Paulo, três em São Bernardo e o mesmo número em Santo André, onde ficará um dos terminais, em conexão com a Linha 10-Turquesa, hoje sob tutela da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), porém, será concedida à iniciativa privada, a partir do leilão previsto ao fim deste ano.
Na outra ponta, o ramal vai até a Estação Santa Marina, zona oeste de São Paulo, com obras em 72,67% avançadas para receber a futura Linha 6-Laranja de metrô, que será operada pela concessionária Linha Uni. A Linha 20-Rosa também permitirá que a população do Grande ABC tenha conexões rápidas com as linhas metroviárias 1-Azul, 4-Amarela e 5-Lilás, além das de trens metropolitanos como 7-Rubi e 8-Diamante.
Com as audiências públicas no horizonte, abre-se a possibilidade da licitação da PPP (Parceria Público-Privada) ocorrer em 2026. Tarcísio de Freitas já sinalizou a preferência para iniciar as intervenções a partir do Grande ABC e, por essa razão, procura espaço em Santo André para abrigar um dos pátios de manobra e manutenção. Hoje, o Estado trabalha com previsão de conclusão das obras para 2035, para transportar 1,3 milhão de pessoas por dia.
Se seguir a tendência adotada pelo governo do Estado, a Linha 20-Rosa deverá seguir o padrão driverless, ou seja, com circulação sem necessidade da presença de um condutor no trem. Em São Paulo, a Linha 4-Amarela já opera assim, a exemplo do que será também na Linha 6-Laranja.
Embora tenha trajeto completamente diferente, a Linha 20-Rosa vem a suprimir a perda da Linha 18-Bronze, que seria operada por monotrilhos, ligando São Bernardo à Estação Tamanduateí, em São Paulo, conectando com as linhas 2-Verde do Metrô e 10-Turquesa. O serviço passaria por Santo André e São Caetano.
Entretanto, a proposta foi enterrada pelo ex-governador João Doria (à época no PSDB), que trocou o modal para BRT, em obras desde 2022, e que teve o seu quinto adiamento e agora é previsto para circular somente em junho de 2026.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.