Demanda é estudada pelas prefeituras e deverá ser pleiteada via Consórcio ou por expansão de parceria
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Depois do pioneirismo de Ribeirão Pires, os vice-prefeitos do Grande ABC buscam a implementação de clínicas públicas de cannabis medicinal nas demais cidades da região. O tema foi discutido nesta segunda-feira (24), durante encontro realizado em São Caetano entre os vices Regina Maura (PSD, São Caetano), Silvana Medeiros (Avante, Santo André), Jéssica Cormick (Avante, São Bernardo), Vilma Marcelino (PSDB, Rio Grande da Serra), Rubão Fernandes (PL, Ribeirão Pires) e João Veríssimo, o Juiz João (PSD, Mauá).
A sobrecarga nos aterros sanitários de Santo André e Mauá, que hoje atendem toda a região, foi outro tema discutido entre os vices, que destacaram a necessidade de políticas públicas integradas na região. “São questões que precisam de resolução regional e não municipal. Esses espaços a céu aberto (aterros) têm um prazo, por exemplo, já a cannabis é uma questão de pensar como inserir em um todo”, disse Regina Maura.
No Grande ABC há dois aterros, um em Santo André, sob gestão do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), que recebe lixo só do município, e o outro que fica em Mauá, sob gestão da Lara Ambiental e que, por ser particular, recebe o rejeitos de várias localidades da região metropolitana. Sobre a questão dos aterros, os vices se comprometeram a retomar o assunto na próxima reunião.
TRATAMENTO COM CANNABIS
Em relação ao tratamento com cannabis medicinal, os vices sugeriram a ampliação da parceria que Ribeirão Pires fez com a ONG Associação Flor da Vida, além de articulação via Consórcio Intermunicipal. A entidade tem sede em Franca, onde planta e produz óleos feitos à base de cannabis, indicado para tratamento de doenças e agravos de saúde.
Os medicamentos formulados de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinoides, são indicados para tratamento de Transtorno do Espectro Autista (TEA), Alzheimer, Parkinson, epilepsia e fibromialgia. O uso é regulamentado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ao Diário, Regina afirmou que São Caetano tem potencial para suceder o pioneirismo puxado por Ribeirão Pires, que conta com a primeira clínica pública de cannabis medicinal do Brasil.
“Já tivemos projeto de lei e temos tudo em infraestrutura para ter o mesmo programa da cannabis. Hoje é complicado o processo de não só atender, prescrever, mas fornecer via SUS (Sistema Único de Saúde) este tratamento para a saúde mental”, afirmou.
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