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Região tem 12 mortes em 2025, 5 anos após início da pandemia

Grande ABC somou ainda 276 contaminações pela Covid-19 neste ano; nos 60 meses, foram 12.630 óbitos e 316.917 infectados

Tatiane Pamboukian
11/03/2025 | 08:36
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FOTO: Celso Luiz/DGABC

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Em 11 de março de 2020, há exatos cinco anos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) caracterizava a Covid-19 como uma pandemia. Até o final daquele ano, 96.202 pessoas no Grande ABC foram contaminadas pelo coronavírus, das quais 3.453 vieram a óbito, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Números contabilizados nestes 60 meses somam 316.917 contaminados e 12.630 mortes. Neste ano, segundo dados de janeiro a 7 de março, houve 276 contaminações e 12 óbitos. 

Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não tiveram mortes por Covid-19 em 2025. Mauá e Santo André tiveram quatro mortes cada, seguido de São Caetano, com duas mortes. São Bernardo e Diadema tiveram uma morte cada. A cidade de Mauá apresentou um maior índice de mortalidade, pois foram registradas apenas 18 contaminações que resultaram nas quatro mortes. Santo André, São Bernardo, São Caetano, Ribeirão Pires e Diadema, tiveram, respectivamente, 148, 72, 14, 13 e 11 contaminados. Rio Grande da Serra não registrou contaminações pelo coronavírus em 2025.

O maior número de registros ocorreu entre 2020 e 2022, anos que somaram 253.789 contaminados e 10.562 mortes nos sete municípios. Um dos contaminados dessa primeira leva foi o cabeleireiro andreense Luiz Carlos Bueno Souza, 65 anos. Ele pegou Covid-19 em maio de 2020 e ficou 12 dias internado nos hospitais de campanha de Santo André - UFABC (Universidade Federal do Grande ABC) e Dell’Antonia. 

“Vi em ambos os hospitais muita gente morrer. Também muitos amigos, conhecidos e até um tio meu faleceram. Foi muito triste. E eu tive que ficar isolado, sem ver ninguém por causa do risco de contaminação. Médicos me disseram que a Covid veio muito forte para mim e eu sobrevivi por ter uma boa saúde, pois praticava atividade física. Só que acabei perdendo muito músculo, fiquei bem debilitado, pele e osso. Foram 24 quilos a menos e demorei três anos para recuperar meu corpo”, conta Souza.

VACINAÇÃO

O médico infectologista Filipe Prohaska diz que os estudos e a produção de vacinas foram essenciais para o controle da pandemia e queda dos números. “Foram cinco anos de altos e baixos, principalmente no começo, quando havia pouca informação, mas com o tempo fomos compreendendo o que era a Covid, e seguimos ainda hoje tentando entender. 

A vacinação é muito importante, e deve começar em crianças. Quanto mais jovem o paciente se vacinar, melhor o controle, pois essa criança vai circular o vírus nas escolas, que será transmitido aos parentes em casa”, ressalta. 

Atualmente boa parte da população do Grande ABC está imunizada. São Caetano atingiu uma cobertura vacinal de 97,71%. A cidade possui 165.655 habitantes e administrou 492.655 doses, em indivíduos acima de cinco anos, considerando a 1ª, 2ª e 3ª doses, dose única, dose adicional e reforço. As vacinas contra Covid-19 podem ser encontradas em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade e no Centro de Imunização Municipal – Super Centro de Saúde, para crianças de seis meses a menores de cinco anos, idosos, gestantes, puérperas, profissionais de saúde e indivíduos em condições clínicas especiais como imunossupressão e comorbidades. Em São Bernardo, as 35 UBSs vacinam contra a Covid munícipes de seis meses a quatro anos, pessoas com comorbidade , idosos, puérperas, gestantes e profissionais de saúde. “Até o momento, 724.874 pessoas receberam duas doses da vacina, 546.657 tomaram três doses, 219.718 tomaram quatro doses e 216.833 tomaram a vacina bivalente”, informou a Prefeitura de São Bernardo. Em Mauá, foram registradas um total de 410.117 primeiras doses, o que representa uma cobertura vacinal de 99%, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Prefeitura de Mauá, e 395.572 segundas doses, uma cobertura vacinal de 95,5%. A cidade oferece três tipos de vacinas: Pfizer Baby, para crianças de seis meses a menores de cinco anos; Moderna XBB, para a idade de cinco a 11 anos; e Zalika para a partir de 12 anos. A Prefeitura de Diadema informou que as doses da vacina contra a Covid-19 Moderna e Pfizer Baby estão disponíveis nas 20 UBSs. Os demais municípios da região não informaram ao Diário sobre a vacinação para a Covid, mas informações podem ser obtidas nas UBSs das cidades. 


DADOS MUNICIPAIS

As prefeituras de São Bernardo, São Caetano e Mauá compartilharam com o Diário seus números da Covid, porém, alguns deles divergem dos computados pelo Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde de São Bernardo não registrou morte por Covid-19 em 2025, de acordo com dados até 6 de março. Nos últimos cinco anos, foram 179.017 casos de contaminação e 3.944 mortes. Em Mauá, dados de até 9 de março mostram 61.340 contaminados e 1.760 mortes, sendo, somente em 2025, um óbito e 54 contaminados. São Caetano teve 38.810 contaminações e 1.211 mortes. Em 2025, foram 186 contaminados e três óbitos. 




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