Eles vão receber adiantamento de R$ 7.000 no meio do ano e, se as metas propostas forem alcançadas, dois salários em fevereiro de 2026
ouça este conteúdo
|
readme
|
Trabalhadores da Basf, de São Bernardo, aprovaram o acordo para o PPR (Programa de Participação dos Resultados), que foi negociado entre a empresa e o Sindicato dos Químicos do ABC. A firma, que produz as tintas Suvinil, foi vendida para a Sherwin-Williams no mês passado por US$ 1,15 bilhão.
Foi formalizado um acordo híbrido, com os funcionários recebendo um valor fixo de R$ 7.000, que será pago em junho ou julho, e outra parte variável, que dependerá do atingimento das metas propostas e que irá variar conforme o salário de cada um, com depósito em fevereiro de 2026.
Os termos foram expostos à categoria em assembleias realizadas na última sexta-feira e aprovados por maioria na votação realizada.
Por nota, o Sindicato dos Químicos afirma que o “o novo acordo é inédito e traz avanços importantes. Pela primeira vez, a remuneração será composta por uma parte fixa (adiantamento) para todos e uma parte proporcional, garantindo um valor maior e sem descontos”.
A entidade detalha ainda que “além disso, os pesos e formas das metas serão negociadas para serem atingíveis, atendendo à reivindicação dos trabalhadores por uma gratificação de despedida (por conta da venda da empresa). Esse acordo é considerado um avanço, pois, além da antecipação com um valor interessante, ele estabelece um pagamento expressivo em fevereiro de 2026, um reconhecimento significativo para os profissionais que se dedicam cotidianamente”.
Um dos termos colocados no acordo fixa R$ 5.350 como o valor base para o cálculo da gratificação. Assim, mesmo quem ganha menos que isso poderá ter direito a R$ 10,7 mil no próximo ano com a superação das metas fixadas.
Diretor do sindicato, Fabio Lins comparou os termos do acordo com o que havia sido fechado para 2024. “No ano passado, apesar da alta produção de tintas na unidade Demarchi (São Bernardo), o resultado global da empresa (chamado de Roce) foi de apenas 0,3%, impactando negativamente o pagamento do PPR. Para evitar essa situação, o indicador mundial Roce não é mais utilizado na Demarchi. Em seu lugar, foi criado um novo fator específico para a unidade, chamado de Fator de PPR Pré-Definido, garantindo mais previsibilidade e justiça na remuneração. Todos os trabalhadores e trabalhadoras estão de parabéns por mais essa importante vitória”, afirmou
Empolgado com as negociações, o sindicalista chegou a fazer um paralelo com outras categorias. “Conseguimos um PPR no mesmo nível das montadoras de veículos ou do que é pago nas empresas do polo petroquímico”, declarou Lins.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.