Economia Titulo Juros
Consignado privado, com base no eSocial, vai ter taxa de 2,5%

Informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que classifica a modalidade como alternativa aos empréstimos com juros altos

Nilton Valentim
22/02/2025 | 08:28
Compartilhar notícia
FOTO: Agência Brasil

ouça este conteúdo

A taxa de juros do consignado privado, que terá como base a plataforma eSocial, será em torno de 2,5% ao mês, informou nessa sexta-feira (21) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O programa que o ministro qualificou como “estrutural” é uma proposta do governo para ampliar o crédito consignado para trabalhadores da área privada, a exemplo do que já ocorre no setor público e para os aposentados. Na última semana o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou ao Diário que o projeto que cria o novo empréstimo deve ser enviado ao Congresso logo depois do Carnaval.

LEIA MAIS: Haddad: 90 dias iniciais do consignado privado serão para migração de empréstimo com juro menor

“Nós podemos ter nos próximos dias uma coisa inédita no Brasil que é o consignado privado. Um trabalhador que trabalha numa grande empresa que tem convênio com o banco, ele consegue fazer o consignado da folha de pagamento”, disse Haddad.

Atualmente, afirmou o ministro da Fazenda, a taxa de juros média de empréstimo concedida para trabalhadores do setor privado é em torno de 5,5% ao mês. Com o consignado privado, segundo o ministro, essa taxa será bem menor.

“O consignado vai no eSocial. Quer dizer, não importa onde a pessoa esteja empregada, você vai fazer o desconto do empréstimo dela a um juro muito menor, a menos da metade do que se paga hoje. Quando você olha para a Selic (taxa básica de juros), ela está em 13,25% ao ano, então esse trabalhador hoje está pagando 5,5% ao mês”, explicou o ministro.

LEIA MAIS: Haddad: é 3ª vez em 20 anos que Orçamento não é aprovado dentro do prazo

“Quando você faz uma garantia que é o consignado privado e dá ao trabalhador celetista o mesmo direito que um aposentado ou que um servidor público tem, esse juro cai à metade”, acrescentou.

De acordo com Haddad, o trabalhador do setor privado terá o prazo de 90 dias para trocar o empréstimo de 5,5% por mês para o de 2,5%. “Nós vamos dar 90 dias para migrar essa população, que agora tem uma garantia para não pagar os juros que ela está pagando hoje”, disse.

“Independentemente da Selic, você estará fazendo uma coisa para o bem da família brasileira. Às vezes, o trabalhador nem sabe quanto está pagando de juro. Ele toma um empréstimo que ele precisa, verifica se a parcela do empréstimo cabe no bolso dele e ele não faz a conta do juro que ele está pagando. Mas nós vamos oferecer para os trabalhadores brasileiros uma coisa inédita que pode alavancar o PIB (Produto Interno Bruto)”, completou.

LEIA MAIS: Haddad: desafio não será isentar IR, mas compensar isso cobrando de quem não paga imposto

MARINHO

Quando visitou o Diário na última semana, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho,explicou que com a nova modalidade, não haverá a obrigatoriedade de o empregador ter um contrato com o banco que irá conceder o crédito. “A plataforma vai fazer a gestão do desejo do trabalhador de crédito, casando com a instituição que ele escolher”, afirmou.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.
;