Empresa rompeu contrato com a petrolífera; ato de apoio está marcado para amanhã
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A Propav Construção e Montagem, empresa prestadora de serviços da Petrobras, dispensou 459 trabalhadores que atuavam na Recap (Refinaria Capuava), em Mauá. Os funcionários estavam em greve desde a última semana por conta de atrasos no pagamento de salários e outros benefícios e, na terça-feira, foram comunicados da demissão.
Em reunião entre a empresa e o Construmob (Sindicato da Construção e do Mobiliário de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), a Propav afirmou que as demissões ocorrem após rompimento de contrato com a Petrobras. A empresa propôs parcelar os direitos trabalhistas dos funcionários, com o primeiro pagamento para 22 de dezembro, além da liberação imediata do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do formulário para o requerimento do seguro desemprego.
Mauro Lopes Coelho, secretário geral e administrativo do Construmob, afirmou durante assembleia realizada na portaria da Recap, que o sindicato exigiu que a primeira parcela não poderia ser menor que o salário mensal dos trabalhadores.
O dirigente sindical informou ainda que a entidade iria procurar a empresa que deverá assumir as funções que eram da Propav para que esta se comprometa a aproveitar a mão de obra que foi dispensada, mas que não há garantia de que isso venha a acontecer.
O problema se espalha por outros Estados onde a Propav também atuava junto à Petrobras, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. Neste último, os funcionários estavam há 60 dias sem receber.
Um ato de apoio aos trabalhadores da Propav está marcado para amanhã, às 6h, na portaria da Recap.
No convite feito aos demais sindicatos do Grande ABC, o Construmob destaca que em novembro a empresa não pagou o adiantamento, o salário e 13º, além bloquear benefícios como plano de saúde e plano odontológico.
E que a Propav propôs pagar a multa do FGTS (por demissão sem justa causa) somente na última parcela da rescisão. “Tal atitude é de um grande desrespeito aos trabalhadores. Centenas de famílias vão enfrentar problemas para cumprir com seus compromissos e podem ficar sem ter um Natal digno, por conta da falta de gestão de uma prestadora de serviços da Petrobras”.
COMUNICADO. Texto distribuído pela empresa ‘explica’ o motivo dos cortes
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