Um país fictício na América do Sul, onde ocorre um seqüestro e, assim sucessivamente, uma atração física entre a pudica mulher do seqüestrado e o aventureiro encarregado de livrar o pescoço da vítima. Assim caminha a humanidade, escorada por uma infinidade de figurantes, em uma amplitude notável dos filmes de aventura norte-americanos. É diametral, portanto revisitada sempre que possível.

Exibido em três salas da região, Prova de Vida é o retrato da encrenca de uma mulher (Meg Ryan) cujo marido, responsável pela construção de uma represa nas vizinhanças dos Andes, é tirado de sua rotina por uma gangue de seqüestradores organizada tal qual a melhor hierarquia das milícias guerrilheiras sul-americanas pede. A fim de libertar o marido, sua mulher contrata, pela tangente dos meios legais, o agente de uma seguradora (Russell Crowe) para negociar o resgate com os revolucionários.

Obra de Taylor Hackford, o filme chamou mais a atenção pelos lances de tablóide presenciados nos bastidores. Foi durante as filmagens de Prova de Vida que o ex-gladiador e a concubina da América, recém-divorciada de Dennis Quaid, iniciaram um romance relâmpago, que pouco esquentou as paisagens verdejantes do Equador e da Amazônia, transformadas em locações a serviço da ficção e do escândalo.