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Com ares de espaço cultural, a Casa da Princesa pretende brindar seus visitantes com um complexo turístico-educativo. A idéia é transformá-la num portal de entrada dos turistas. Na exposiçao permanente, estarao peças do acervo particular da Família Imperial. Entre os objetos inéditos, a pena em ouro, rubis e brilhantes, utilizada pela princesa Isabel exclusivamente para a assinatura da Lei Aurea e um baú trabalhado em ouro, contendo o enxoval completo, presente do papa Pio IX à princesa, no dia do seu nascimento. As peças do enxoval, infelizmente, nao resistiram ao tempo.
Na quinta-feira, boa parte das jóias passaram por um processo de limpeza e avaliaçao, entre elas a Comenda da Rosa, a Ordem do Grao-Pará e a espada de Dom Pedro II. Outro foco da programaçao sao as exposiçoes itinerantes, festivais de vídeo, cursos e recitais.
O casarao que leva o nome da filha do imperador Dom Pedro II serviu de teto para muita gente. Construído em 1850 pelo Barao do Pilar, foi vendido a Rodrigo Delfim Moreira, que, somente mais tarde, o alugaria para a princesa. Em 21 de abril de 1876, o imóvel foi vendido a ela. Custou ao Conde d'Eu, seu marido, cinqüenta contos de réis. O casarao, localizado em um dos pontos mais valorizados da cidade, era o local de veraneio do casal. Lá a princesa deu à luz Dom Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, o príncipe do Grao-Pará: um dos mais importantes momentos vividos por ela naquela casa, onde morou até o exílio da Família Imperial, em 1889. Nos tempos da República, o imóvel teve muitos inquilinos. Foi residência de autoridades diplomáticas e chegou a sediar duas instituiçoes de ensino.
O piso de tábua corrida nao é o original e a frente da casa foi totalmente refeita. A restauraçao deu mais trabalho do que se imaginava. Iniciada em dezembro do ano passado, só agora está entrando em fase de conclusao. O Ministério da Cultura liberou R$ 150 mil para a reforma que já ultrapassou R$ 300 mil. Estao quase prontos os últimos arremates do espaço. Nos jardins, uma livraria, um cybercafé e uma loja de souvenirs dividirao espaço com as mudas de camélias (hoje grandes arbustos), dadas à princesa por escravos, como forma de gratidao pela assinatura da Lei Aurea. A princesa plantou pessoalmente as camélias de cor branca, que se tornaram o símbolo da libertaçao dos escravos.
Os alunos da rede pública de ensino que visitarem a Casa da Princesa, a partir de abril de 2000, assistirao a um vídeo, que está em fase de produçao, contando a História do Brasil, e poderao fazer uma releitura dos últimos 200 anos da nossa história, encenando peças teatrais.
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