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Os assaltantes que mataram Schincariol são Fábio Luís Siqueira, 25, e André Ricardo Claudino, 23. Eles disseram que escolheram a vítima aleatoriamente – alegam que não sabiam quem era o homem escolhido para ser assaltado. Eles pularam o muro da mansão de Schincariol e esperaram até que alguém chegasse, com a intenção de roubar um carro. O empresário foi abordado ao voltar para casa após mais um dia de trabalho.
Siqueira contou que atirou em Schincariol porque o empresário tentou tomar a arma de sua mão. O assassino afirmou que efetuou mais dois disparos porque a vítima não soltou a arma após ser baleada pela primeira vez.
Prisões - A identidade dos assaltantes começou a ser desvendada pelos policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) após a prisão do traficante Luís Francisco Candiani, 23, o Luisinho. Os investigadores tinham informações de que ele seria o dono da arma usada pelos assassinos na morte de Schinchariol - um revólver calibre 38.
Candiani foi detido na segunda-feira à noite, em casa, no Jardim São Luís (Itu). Ele disse que havia emprestado a arma para Siqueira, também detido em casa, em Itu. O assassino entregou o comparsa, Claudino, que mora em frente de Luisinho. O quarto detido pelo crime é Antonio Raimundo Sbrissa, 23, que escondia a arma do crime. Ele estava na casa de um homem identificado como Sidnei.
Desencontro - Depois de interrogar os presos, o Deic recebeu a ordem de passá-los ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sem se manifestar sobre os detalhes do caso, embora os quatro presos em Itu tenham sido autuados em flagrante, sob acusações de tráfico de drogas e formação de quadrilha.
Assim, o caso seria mantido no mesmo departamento que pedira e obtivera da Justiça a decretação da prisão do garçom. O DHPP já sabia que os laudos de exame residuográfico e de impressões digitais de Silva eram negativos – o que comprovava a inocência do garçom no crime.
A cúpula da Segurança Pública de São Paulo decidiu retirar o inquérito do caso do DHPP e passá-lo ao Deic somente às 18h40. O diretor do Deic, delegado Godofredo Bittencourt Filho, mostrou irritação quando foi perguntado se o caso havia despertado alguma competição entre os departamentos. "Se competição resultar em prisão de bandido, quero ser o homem mais competitivo do mundo."
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