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Polícia de SP esclarece assassinato de José Nelson Schincariol
Do Diário OnLine
Com AE
02/09/2003 | 22:57
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O assassinato do empresário José Nelson Schincariol, 60 anos, foi esclarecido pela polícia de São Paulo após as prisões de dois homens que assumiram a autoria do crime e de outros dois que confessaram envolvimento. A solução do caso levou à libertação do garçom Valdinei Sabino da Silva, 25, que foi preso em Itu (local do crime) no dia 19 de agosto (um dia após o assassinato). Dono de uma das maiores cervejarias do país, Schincariol foi assassinado com três tiros na garagem de casa, na rua Santa Cruz, região central de Itu.

Os assaltantes que mataram Schincariol são Fábio Luís Siqueira, 25, e André Ricardo Claudino, 23. Eles disseram que escolheram a vítima aleatoriamente – alegam que não sabiam quem era o homem escolhido para ser assaltado. Eles pularam o muro da mansão de Schincariol e esperaram até que alguém chegasse, com a intenção de roubar um carro. O empresário foi abordado ao voltar para casa após mais um dia de trabalho.

Siqueira contou que atirou em Schincariol porque o empresário tentou tomar a arma de sua mão. O assassino afirmou que efetuou mais dois disparos porque a vítima não soltou a arma após ser baleada pela primeira vez.

Prisões - A identidade dos assaltantes começou a ser desvendada pelos policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) após a prisão do traficante Luís Francisco Candiani, 23, o Luisinho. Os investigadores tinham informações de que ele seria o dono da arma usada pelos assassinos na morte de Schinchariol - um revólver calibre 38.

Candiani foi detido na segunda-feira à noite, em casa, no Jardim São Luís (Itu). Ele disse que havia emprestado a arma para Siqueira, também detido em casa, em Itu. O assassino entregou o comparsa, Claudino, que mora em frente de Luisinho. O quarto detido pelo crime é Antonio Raimundo Sbrissa, 23, que escondia a arma do crime. Ele estava na casa de um homem identificado como Sidnei.

Desencontro - Depois de interrogar os presos, o Deic recebeu a ordem de passá-los ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sem se manifestar sobre os detalhes do caso, embora os quatro presos em Itu tenham sido autuados em flagrante, sob acusações de tráfico de drogas e formação de quadrilha.

Assim, o caso seria mantido no mesmo departamento que pedira e obtivera da Justiça a decretação da prisão do garçom. O DHPP já sabia que os laudos de exame residuográfico e de impressões digitais de Silva eram negativos – o que comprovava a inocência do garçom no crime.

A cúpula da Segurança Pública de São Paulo decidiu retirar o inquérito do caso do DHPP e passá-lo ao Deic somente às 18h40. O diretor do Deic, delegado Godofredo Bittencourt Filho, mostrou irritação quando foi perguntado se o caso havia despertado alguma competição entre os departamentos. "Se competição resultar em prisão de bandido, quero ser o homem mais competitivo do mundo."




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