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O grupo, já instalado na Argentina, com fábrica em Buenos Aires, operava comercialmente no Brasil desde o começo dos anos 90. Graças à unidade em Porto Real, cuja produção será destinada aos países da América Latina, a empresa pretende triplicar suas vendas no Brasil, chegando a 100 mil unidades dentro de dois ou três anos.
A empresa também espera duplicar suas vendas no Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) para 250 mil unidades, o que elevaria sua participação no mercado para 8% até 2003, contra os 5% atuais.
"A decisão do grupo PSA de se estabelecer no Brasil se deve a confiança na perspectiva econômica do país", declarou Folz durante a cerimônia de inauguração, na presença do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Folz anunciou ainda um projeto "muito avançado" para a construção de uma fábrica de motores em Porto Real, que equiparão os veículos produzidos na fábrica.
Porto Real que fica perto dos pólos industriais de Resende e Volta Redonda, no Sul Fluminense, começou a montar o Citroën Xara Picasso em dezembro, e produzirá o Peugeot 206 a partir de abril. Esta é a primeira fábrica no mundo que irá produzir veículos das duas marcas em uma mesma unidade. A capacidade de produção da montadora poderá ser duplicada para 200 mil unidades.
Para se estabelecer no Brasil, o maior mercado automotivo da América Latina, a PSA investiu US$ 600 milhões. Para isso criou uma empresa que pertence em 32% ao Estado do Rio, que tem a intenção de ceder sua parte na segunda metade desse ano.
A PSA se instala no Brasil dois anos depois da concorrente francesa Renault, que inaugurou uma fábrica em Curitiba em dezembro de 98, quando o mercado automotivo brasileiro estava em queda livre. Desde o ano passado, o mercado brasileiro melhora graças à recuperação econômica, mas na Argentina, onde a PSA tem uma participação de 16,1% do mercado, as vendas de carros novos estão em baixa.
O mercado brasileiro cresceu 17,5% no ano 2000 passou para 1,4 milhão de unidades e deve, segundo a PSA, progredir para 9% esse ano. O Brasil está dominado por quatro fabricantes: Volkswagen, Fiat, General Motors e Ford, que detêm 85% das vendas. Os franceses, novos na praça, tem uma participação de mercado modesta: 4% para Renault e 2,2% para Peugeot e Citroën.
Não são os únicos que querem se desenvolver na região: General Motors inaugurou em 2000 sua terceira fábrica brasileira, e a Volkswagen prevê investir US$ 1,9 bilhão até 2004. Os especialistas prevêem que as capacidades de produção no país se duplicarão nos próximos anos.
Para aumentar suas vendas, a PSA produzirá em Porto Real um Peugeot 206 popular, com motor 1.0 fornecido pela Renault, que os fabrica em Curitiba. Estes automóveis de menor cilindrada têm vantagens fiscais e representam 65% do mercado.
A PSA prevê que suas operações brasileiras começarão a dar retorno em 2003.
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