Após 55h de apagão, a cidade de Florianópolis (capital de Santa Catarina) finalmente teve o fornecimento de eletricidade restabelecido por inteiro por volta das 20h desta sexta-feira. A Prefeitura da cidade estima que o blecaute prolongado causou um prejuízo de R$ 6 milhões. Já o presidente da Câmara de Diretores Lojistas (CDL), Afonso dos Santos, acredita que houve uma perda de R$ 20 milhões ao comércio no período do apagão.

O fornecimento de eletricidade foi interrompido às 13h de quarta-feira, por causa de um acidente na manutenção do sistema de cabos que existe na ponte Colombo Salles. O problema foi solucionado com a montagem de uma linha provisória na subestação do continente. O processo de restabelecimento da energia incluiu um apagão proposital de 15 minutos, por volta das 17h desta sexta-feira, para que todo o sistema fosse reativado.

A luz voltou primeiramente ao centro de Florianópolis, às 11h. Apesar do pequeno movimento, várias lojas da região retornaram ao trabalho. O trânsito na área melhorou consideravelmente, pois os semáforos voltaram a operar. No norte e no sul da ilha, em bairros mais afastados do centro, o fornecimento foi retomado perto das 17h30. Às 20h, a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) registrava o restabelecimento do serviço em 99% da ilha – excluindo problemas isolados em algumas ruas e avenidas.

O restabelecimento completo da luz ainda não garantiu água nas torneiras. A Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan) afirma que o serviço só estará normalizado em 72h – provavelmente apenas na segunda-feira. O abastecimento de água foi prejudicado porque o sistema de bombeamento funciona com eletricidade.

Explicações - A Celesc enviou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um relatório sobre as causas do apagão, além de abrir um procedimento interno para investigar o caso. O Ministério Público Estadual também lançou uma apuração para esclarecer as responsabilidades e as causas do apagão.

A diretoria da Celesc evitou falar nesta sexta-feira sobre os eventuais prejuízos que vai sofrer com o apagão - seja por imposição da Aneel ou por ações de consumidores na Justiça. A lei determina que a operadora indenize os clientes nas próximas contas, descontando o tempo de interrupção nos serviços.