Acúmulo de móveis, objetos e lixo recolhidos da rua por idoso de 85 anos incomoda vizinhos na Rua Martini, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, onde ele possui duas casas. Por causa dos dejetos, os imóveis do entorno são invadidas por cupins, baratas e ratos.

Um dos moradores que reclamam do problema é o comerciante Aldemir Berzaghi, 58 anos. Ele mora ali há 40 anos e, nos últimos 12, vivencia o transtorno. “A casa dele está sempre lotada de lixo. A consequência disso é a proliferação de baratas, ratos, cupins e todo tipo de insetos. É muito comum ter esses bichos no meu imóvel.”

Por causa da situação, Berzaghi passou orientação à empregada doméstica. “Sempre falamos para não deixar a porta aberta, de forma a não facilitar a entrada de bichos, que podem transmitir doenças à minha família.”

Outro vizinho que não se conforma com a situação é o empresário Milton Ricci, 56, que abriu processo na Vigilância Sanitária do município. “Nada se resolve. A vida continua para o dono da casa ao lado. Há 12 anos não abro a janela porque senão entra cupim, baratas e ratos. Já cheguei a perder móveis por causa dos cupins e roupas por conta do bolor.”

Ricci disse que não pode deixar o lixo reciclável fora de casa para que o caminhão recolha. “O vizinho pega e leva para dentro de seu imóvel. Tenho que transportar os sacos no carro até um ponto de reciclagem. Quando ele recolhe da minha porta, alega que está ajudando a não deixar espalhado na rua.”

A equipe do Diário conversou com o idoso, que preferiu não se identificar. Apesar de o acúmulo de objetos e resíduos ser visível mesmo do lado de fora das residências, ele afirmou que as reclamações não procedem. “Estou limpando as minhas casas. Tenho muitas coisas porque pego móveis da rua e recupero.” Após a visita da reportagem, moradores voltaram a entrar em contato com o Diário e afirmaram ter sido ameaçados pelo homem.

Procurada, a Prefeitura de São Bernardo não se manifestou até o fechamento desta edição.