Diarinho Titulo Perguntas
Movidos pela curiosidade
Caroline Ribeiro
Especial para o Diário
13/09/2015 | 09:27
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Ari Paleta/DGABC

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A curiosidade faz parte do instinto humano, assim como dos animais. É o que, desde pequenos, nos faz explorar o universo ao redor, absorver novas informações e relacionar ao que já possuímos. Trata-se da mistura entre o interesse e a motivação, por isso, é primeiro passo para o aprendizado, desde o momento em que abrimos os olhos, ou de quando um pintinho sai do ovo.

Crianças são curiosas por natureza, e isso deve ser sempre estimulado por dois motivos importantes: Primeiro, porque a curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem. Estamos mais propensos a lembrar o que aprendemos quando o assunto nos intriga. Isso nos ajuda a decorar informações que não consideramos tão importantes assim. Segundo, é que, além de estimular o cérebro a aprender, também pode tornar o processo de aprendizagem uma experiência gratificante.

Correr atrás da resposta de algo que nos deixa curiosos traz a mesma sensação de estar em um jogo, no qual o prêmio é achar a resposta. Por isso, não conseguimos ficar sossegados enquanto estamos curiosos. Ficar ‘com a pulga atrás da orelha’ causa especie de euforia.

“Ser curioso é bom, mas nem sempre dá certo. Às vezes a gente leva bronca por perguntar coisas na hora que não deve”, diz Lucas Alves Nogueira,11 anos, de Mauá. “Eu gosto de conhecer as pessoas. Sempre pergunto tudo sobre elas. A comida preferida, o animal, cor... Gosto de ficar conversando e perguntando as coisas”, revela o garoto. “Às vezes não tenho nada para fazer, e fico pensando coisas do tipo: ‘como será que funciona o nosso esqueleto?’ Daí eu vou e pergunto para alguém”, comenta.

Outra curiosa de mão cheia é Melissa Souza Alexandre, 7, de Santo André. A garota conta que adora aprender sobre as espécies de bichos. Então, sempre procura sobre na internet. Outra coisa que adora fazer é comparar o preço dos objetos. “Quadro, televisão, roupa, celular. Gosto de olhar quanto uma coisa custa, e depois comparar com outro objeto. Quanto será que custa uma casa? E um carro?”, questiona.

Fugir da rotina apresentando às criança ambientes que proporcionem de formas lúdicas novas informações, como ir ao zoológico, ao circo ou teatro, por exemplo, é atividade que pode estimular a curiosidade e o instinto de procurar respostas no ambiente. Brinquedos, como quebra-cabeças, também ajudam a desenvolver o raciocínio lógico.

Hector Munerato Correia, 7, de Mauá, é um curioso assumido e adora quebra-cabeças. Apesar de sempre perguntar sobre tudo, o assunto que mais o intriga é o futebol. “Eu gosto de saber de todas as notícias. Sempre quero informações sobre os campeonatos, os jogadores e a pontuação dos times”. O menino conta que gosta de ser curioso, porque assim fica mais inteligente.“Eu sou muito curioso e sempre pergunto tudo para os meus pais. Se eles não souberem, eu procuro na internet. O bom de ser curioso é que a gente aprende as coisas”. A descoberta preferida de Hector causada por sua curiosidade foi sobre o tipo de gramado usado em algumas quadras de futebol.

Para quem é curioso de verdade, a dica é O Guia dos Curiosos, do escritor e jornalista Marcelo Duarte (Panda Books, 704 páginas, R$ 60, em média). O livro é um apanhado de informações inusitadas que, além de divertir o leitor, também ensina coisas que todo curioso adora saber, como, por exemplo, a velocidade de um espirro, ou número de ovos que uma galinha bota por ano. A obra traz informações de todo tipo e inclui quase 1.000 ilustrações, quadros e gráficos.

Xeretas no mundo animal

Mesmo sendo comum nos humanos, a curiosidade também faz parte do reino animal. Os golfinhos, por exemplo, não temem a presença de pessoas e gostam de saber o que está acontecendo em sua volta. Os gatos dificilmente aparecem porque geralmente estão procurando por algo para brincar, ou um lugar para se enfiar. Uma caixa de papelão já é o suficiente para estes bichanos descobrirem novas maneiras de se divertir. Primatas como macacos e gorilas estão sempre descobrindo coisas.

Um fato interessante destas espécies é a habilidade de comparar e arranjar uma utilidade pata objetos que não fazem parte de sua natureza.

Os cães são tão curiosos, criativos e inteligentes que conseguem fazer amigos facilmente. Também são ótimos companheiros nos momentos difíceis. Quando caçam, as baleias criam estratégias muito criativas e conseguem dividir as tarefas entre o bando para que todas sejam beneficiadas.  




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