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Linguagem na ponta da língua
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
18/09/2011 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A prova de Linguagens é considerada a menos complicada do Enem. Praticamente não cobra conteúdo, mas exige boa capacidade de interpretação das informações apresentadas nas questões. A grande quantidade de texto nos enunciados, porém, a torna mais longa e cansativa para o candidato.

Entretanto, quem está acostumado a ler muito pode tirar proveito disso. Segundo Mateus Prado, educador e colunista do Diário, ter muito texto não indica que os exercícios sejam mais difíceis; é o contrário. "Quando é maior, fica mais claro o que a questão pede e torna-se fácil encontrar a resposta."

Você provavelmente já não aguenta a história de que os jovens estão lendo pouco. No entanto, na opinião de Maria José Grisaro, professora de Gramática e Redação do Singular-Anglo, os alunos fazem isso o tempo todo na internet. O problema é que a leitura, em geral, é desatenta e superficial.

"Na prova, deve-se observar as palavras que estabeleçam relações lógicas entre as frases, como conjunções e preposições (mas têm de saber o que elas significam). É preciso ler com atenção e grifar esses elementos. Isso vai ajudá-lo a entender o texto", orienta a professora. Essa dica evita ter de reler várias vezes o mesmo enunciado e, assim, perder tempo.

SEM GRAMÁTICA

Não há nada de gramática nesta prova. Uma das competências exige conhecimento em língua estrangeira: inglês ou espanhol. As questões são simples; é preciso ter apenas vocabulário básico. Já nas perguntas relacionadas à Literatura, Mateus lembra que há tendência em abordarem o Modernismo. Diferentemente dos vestibulares, o Enem não cobra obras de leitura obrigatória. Mas fique de olho nas correntes literárias, do Brasil e Portugal, e nas obras mais significativas de cada período.

Percebeu que o nome da prova está no plural - Linguagens? Significa que, além da escrita, o exame avalia a capacidade de compreender os vários tipos de linguagem: não-verbal - como placas e símbolos -, artística e corporal. Nesse caso, até a vivência nas aulas de Educação Física e Artística pode ajudá-lo.

Também exige que o candidato saiba a diferença entre a linguagem formal e informal e respeite as diversidades regionais, acabando com o preconceito linguístico. Fique atento para não se atrapalhar nessas perguntas. O importante não é usar apenas a língua culta, mas a forma mais adequada a cada situação.

 

Leitura sempre faz a diferença - Jaqueline Santos da Silva, 17 anos, aproveita qualquer aula vaga para devorar um bom livro. E, na opinião da garota, é justamente o hábito da leitura que pode fazer a diferença no Enem. Mesmo porque as questões de todas as provas exigem muita interpretação de texto, uma das principais dificuldades dos estudantes.

Aluna do 3º ano da EE Prof. Alziro Barbosa Nascimento, em Rio Grande da Serra, ela acredita que o Enem pode ajudá-la a realizar o sonho de fazer faculdade. Jaqueline, que manda bem em Português, quer uma vaga no curso de Administração de uma universidade pública ou bolsa por meio do ProUni para estudar em uma paga. Empenhada, não se intimida com o fato de estar em um colégio estadual. "Alguns colegas acham que os alunos de escola particular são melhores. Se a gente estuda e busca sempre, consegue atingir o objetivo. Temos potencial", diz.




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